Capítulo 22

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Fico observando o carro de Liam ir até o fim da rua, e me assusto quando ouço a porta do meu quarto abrir. Dou um pulo e olho pra trás vendo meu pai entre a fresta.

– Podemos falar, querida? – ele fala e eu suspiro passando o susto.

– Claro, papai, o que seria? – falo e ele termina de abrir a porta.

– Tenho uma notícia. – fala e eu arqueio uma sobrancelha esperando ele continuar. – Fui no seu tio Kenny hoje, e ele me disse que Elliott está vindo do Japão. – ele termina de falar e meu sorriso vai de orelha a orelha. – Perguntou se você quer ir buscá-lo amanhã no aeroporto. – eu dou pulinhos de alegria.

– É claro que eu quero!! – falo animada. – Que horas? – pergunto e meu pai sorri com a minha animação.

– Cedo, ele vai passar aqui umas sete horas, princesa. – fala. – Precisa estar pronta este horário.

– Vou estar sim, nossa, Elliott nem me avisou que estava vindo. – falo cruzando os braços.

– Ele provavelmente queria te fazer surpresa, mas acho que Kenny quer te levar lá para que ele tenha uma surpresa. – meu pai explica. – Deve estar morrendo de saudades dele, não é? – fala e eu assinto.

– Muito! – exclamo e meu pai ri.

Meu pai me dá um beijo na cabeça e em seguida sai do quarto.

Elliott é meu primo, filho de "consideração" do Tio Kenny. Explicando melhor, meu tio viajou para o Japão à, mais ou menos, dezenove anos, e lá ele conheceu minha atual tia, Misaki. Na época, a Tia Misaki estava passando por um momento muito difícil, ela havia descoberto a gravidez, e o pai de seu filho a abandonou sem mais nem menos.

Tio Kenny ficou perdidamente apaixonado por ela, e falou que assumiria seu filho, se ela sentisse o mesmo por ele. Depois de uns tempos namorando, a Tia Misaki resolveu largar tudo para viver a vida com o Tio Kenny, e então os dois vieram para cá, e Elliott nasceu, virando automaticamente parte da família Hill.

Por anos nós fomos muito grudados, vivíamos juntos, ou aqui, ou na casa dele, mas quando ele fez quinze anos, seus avós paternos biológicos entraram em contato, pois eles recém tinham descoberto que Elliott existia, e afim de recuperar o tempo perdido, chamaram Elliott para passar um tempo com eles no Japão.

Ele aceitou depois de muito recuso. E então, a quatro anos nos falamos apenas por mensagens e chamadas de vídeo.

Quando ele foi, eu fiquei desolada, chorei por semanas, e fiquei brava com ele.

Depois do segundo ano dele lá, comecei a suspeitar que ele não voltaria, que iria querer morar no Japão pra sempre, e hoje, recebo a notícia de que amanhã ele estará em solo americano.

Não poderia estar mais feliz.

[...]

Acordo com o som do despertador, dou um pulo da cama e vou direto para o banho. Mau podia esperar para ver Elliott de novo.

Visto uma roupa confortável, passo hidratante e perfume, e rapidamente desço para o primeiro andar.

– E não é que você acordou cedo mesmo? – meu pai fala tirando biscoitos do forno.

– Bom dia. – falo sorrindo. – Por que está cozinhando tão cedo? – pergunto.

– Elliott amava quando eu fazia biscoitos, lembra? Ficava na frente dá televisão devorando vários de uma vez só. – meu pai fala sorrindo olhando para os biscoitos.

– Verdade. – sorrio ao lembrar.

– Vamos fazer um churrasco para o almoço, para comemorar a volta dele. – ele fala e eu me lembro de Liam.

Apaixonada por um Babaca - Sua Escritora, XOXOOnde histórias criam vida. Descubra agora