A rainha cobra - keenry

Prólogo

Só pra situar, o "prólogo" começa no exato momento da luta do Robby e do Miguel.
Já aviso, o capítulo está triste, porém é importante para o resto da história.
Boa leitura 🤍

💫💫💫

TORY NICHOLS

A minha dor de cabeça estava insuportável, a minha visão estava totalmente turva e eu sabia que a minha aparência estava horrível, mas não me preocupei com isso quando vesti o meu kimono e fui até o dojo para a decisão de quem seria os líderes para o senkai taikai e para ver o Robby lutando. Eu precisava bater em algo, precisava deixar a raiva sair e se o jeito for lutando com a Sam, então que seja! 
Durante todo o caminho meu rosto estava encharcado pelas lágrimas de luto.

Então cá estou eu em frente ao Miyagi-do, limpo meu rosto com a palma da mão e entro, já vendo que perdi o começo da luta do Robby. 
Quero tanto que ele ganhe, ele precisa disso. Independentemente de qualquer coisa, ele sempre será o meu campeão, o campeão do meu coração. O Robby já me salvou de tantas coisas que ele nem sabe e eu o amo tanto, apesar de nunca ter dito.

Aproximo-me da Devon, que olhava a luta com atenção.

— Tory ?! Tá dois a zero. O Diaz está na frente.  Aí, cê tá bem ?

— Tô, tô pronta para lutar. — A minha voz saiu forte, mas só eu sabia o quanto estava quebrada.

Sinto meu coração apertar ainda mais. Me aproximo do tatame, tendo melhor visão da luta que acontecia.

Robby ganhou, tento ficar feliz por ele mesmo com todo o caos que acontecia dentro da minha mente.

— Oi. — Ele se aproximou sorrindo.

— Desculpa o atraso.

— Chegou na hora certa.  Eu e você no pódio, beleza ? — Ele me deu um empurrãozinho fraco, mas que parecia querer me desmoronar.

— Beleza.

— Quebra tudo! Ah, não literalmente. — A Srª Larusso se aproximou sorrindo, eu nem percebi que ela estava aqui. 

Sinto meu ar faltar por alguns segundos, lembrando-me do que o Kreese disse.

Samantha primeiro.
Eu segundo.

Não tive forças para responde-la, com a voz do meu antigo sensei ecoando na minha mente.

Então a luta começou, eu não queria machucar a Samantha, depois de anos brigando, foi bom que a gente fez as pazes. Mas eu precisava disso. Eu tinha que fazer.
Acabei dando o primeiro golpe e outro e mais e outro, tentei acertar Sam  novamente mas ela sempre desviava até que ela conseguiu me acertar. Doeu quando ela me acertou no meu estômago, mas por poucos segundos, eu me senti bem com a dor que ela havia causado.

Rapidamente me levantei com mais fúria, atacando-a.
Eu ganhei um ponto, e em seguida continuei atacando-a, porém seu pai tentou intervir, dizendo que não deveria valer ponto, óbvio que ele diria isso.  Minha mente estava tão aérea que eu não conseguia escutar mais nada.

Estava pronta para esmurrar a cara da Sam quando seu pai segurou a minha mão. Mais que merda.

Vejo ele puxando o sensei Lawrence para longe, sem ter ideia do que está acontecendo.