𝐂apitúlo 49

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O dia em que o mundo acabará.

    𝐏etrifiquei ao ouvir sua voz, com um sussurro desalmado entrando na minha mente lentamente. Ele apertou mais o abraço contra mim, me puxando para ele enquanto o homem cheirava minha nuca de maneira precisa. Suas mãos acariciavam suavemente o pequeno relevo do meu bebê, que ainda nem estava totalmente desenvolvido dentro de mim.

── Eu sempre sonhei em estar deitado com você assim... ─ ele falou novamente, seu hálito quente contra minha orelha.

── Alan... ─ sussurrei, fazendo o meu corpo tentar se mover para escapar, mas era prescindível.

── Shh, eu não vou machucar você minha querida. Só quero que você fique quieta e venha comigo tudo bem? ─ ele se levantou me puxando agressivamente com ele.

Ele me segura de costas pra ele, o braço enrolado em meu pescoço sem muita pressão. Abrindo a porta, de repente várias luzes vindas do lado de fora iluminaram o chalé. E uma sirene em alturas ecoou pela floresta fazendo-me se assustar desesperadamente.

── Oh, eles chegaram! ─ Alan diz com um sorriso de orelha a orelha.

Tento me virar procurando pelas meninas ou pelo William, mas não os encontro em lugar algum. Em uma situação súbita, Alan abre a porta do chalé, vários postes de luz brilhando e ofuscando a minha visão por um momento. Quando a minha mira se acende por um breve segundo, vejo vários carros da polícia cercados ao redor do terreno, e a nossa frente está Joel com um garotinho em seu colo.

── Olha lá o papai, Dylan... ─ Joel aponta para Alan que caminha me segurando com hostilização.

── Veja S/n, encare a criança cuja você tirou a vida da própria mãe. Tenha sido sem querer ou não! ─ ele gargalhou e a amargura se fez presente de novo em seu ser.

── Cadê eles? O que você fez com o William e as garotas? ─ indaguei ficando irritada a cada segundo.

── Calma linda, eles estão seguros. Por enquanto... ─ ele me virou de frente. ── Você está tão linda, seu rosto todo vermelho de chorar...

Em um impulso, jogo a cabeça pra trás e depois com tudo bato com a minha cabeça contra a dele tendo como resultado o aturdindo por míseros segundos, me dando algum tempo pra correr para a direção oposta dele com todas as forças que ainda me restam.

── Pega ela! ─ Alan grita para um dos policiais, que imediatamente saca a própria arma apontando-a.

── Paradinha docinho. ─ o policial fala destravando a escopeta.

Conforme mandado, eu paro com medo e temendo pela minha vida. Abruptamente, Alan me agarra o cabelo e me puxa com fervor em direção a ele me jogando no chão esbravejando severamente.

── Porra S/n, eu falei pra você não fazer nenhuma gracinha e você vai e tentar fugir? ─ ele da um tapa em minha cara fortemente.

── Traz o grandão. ─ Joel fala pra um dos capangas enquanto coloca Dylan dentro do carro de Alan.

Brevemente, três policiais mais encorpados trazem William com uma faixa na cabeça sangrando, e ele me olha meio fraco com alguns hematomas por todo o seu corpo.

── Eu sabia que esse russo filho de uma puta não era tão flor que se cheirasse... ─ Alan falou andando em direção a William. ── E olha que eu te venerava tenente...

── Если ты когда-нибудь с ней что-нибудь сделаешь, я тебя убью! Послушай, что я говорю! "Se machucar ela eu vou te matar! Escuta o que dizendo!" ─ diz ele.

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