𝐏ós 𝐂réditos

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10 anos depois...

    𝐄 então, dez anos se passaram desde aquela fatídica noite. Hoje, em Itália - Florença, nasceu o nosso segundo filho. E ao seu lado, está nosso primogênito, Ricky. Lembro-me que Jake me pediu em casamento em uma viagem que fizemos a Veneza. E hoje, se completa 9 anos que isso aconteceu, e também o nascimento de nossa filha.

── Mãe, por que ela tá tão rosa assim? ─ o garotinho de madeixas pretas e olhos azuis esbugalhados me pergunta olhando pra a irmã.

── É por que ela acabou de nascer meu amor, está tudo bem... ─ eu o tranquilizei beijando sua testa.

── Se a senhora precisar, eu estou aqui! O papai disse que foi buscar as coisas dela e que já estaria voltando! ─ ele falou amoroso.

Beijei o rosto do pequeno que ficou corado instantaneamente. Ele olhou pra mim sorrindo, uma janelinha de seu dente faltando. Jake de repente entra no quarto do hospital, com as minhas malas e as da nossa pequena bebê.

── Estamos prontos pra voltarmos pra casa? Tenho uma surpresa pra vocês! ─ Jake diz me dando um beijo e pegando Ricky o colocando sobre suas costas.

── Por favor, me diz que não é outro pônei... ─ falo bufando enquanto me levanto com cuidado.

── Mais um pônei? Eu quero pai!

Ricky disse pulando nas costas de Jake, e o homem gargalhou.

── Bem, sua mãe não parece feliz. Então deixa pra próxima... ─ ele pega o bebê no colo e beija a testa da mesma vendo seus olhos azuis se abrirem lentamente.

── Como vamos chama-lá? ─ perguntei enquanto caminhávamos até a porta.

── Claire. Era o nome da minha mãe... ─ Jake disse fazendo beijo de esquimó na bebezinha.

── Claire... eu gosto desse nome. ─ falei pegando na mão do homem enquanto Ricky continuou agarrado nas costas do pai.

Chegamos depois de um tempo na nossa enorme casa no campo, e ao abrir as portas, todos os nossos amigos gritam jogando confetes.

── Surpresa! ─ Jessy fala correndo em minha direção sorrindo.

── Cuidado, ela ainda está meio zonza pela anestesia... ─ Jake diz me ajudando a se sentar.

── Tio Darkness! O Kleber, Marcus e a Emma vieram?  ─ Ricky corre até Darkness que imediatamente começou a brincar com seus três filhos e com Ricky.

── Veja Lilly, ela tem o nariz do seu irmão! ─ Dan disse pegando Claire em seu colo.

── Me deixa ver! ─ Lilly fala se aproximando com dificuldade enquanto a barriga de 8 meses a deixava ofegante.

── Deus, essa criança não vai nascer não? ─ Jessy questionou a loira.

── Tá demorando pra caramba e ele insiste em dizer que preciso ficar quieta e deitada como se eu fosse um vegetal! ─ ela pega Claire do colo de Dan e acaricia o rosto da mesma. ── É, idêntica ao Jake.

── Cadê o meu garotão? ─ William entra depois de um tempo com várias sacolas de presente.

── Дед! "Vovô!" ─ Ricky corre em direção a William o abraçando.

── Vejo que está aprendendo russo como te ensinei né? ─ o tenente entra os presentes para Ricky enquanto o mesmo se senta no sofá os abrindo.

── Kleber, larga o presente do Ricky ou eu vou raspar a sua cabeça igual a do seu irmão! ─ Darkness ameaçou o filho.

── Ele nasceu careca daquele jeito mesmo? ─ questionei Lilly.

── Não. Nós esquecemos a máquina de cortar cabelo em cima da pia do banheiro e o Marcus resolveu que queria ser igual ao pai. ─ ela bufou olhando para os filhos brincando com Ricky.

E tudo se estabilizou. A paz continuou como prometido de nossas promessas de 10 anos atrás. E finalmente vivemos nossa vida como sempre merecemos.

Narradora Vision's.
Uma milha da Itália
Redlog Pines.

No fundo da imensa delegacia de Redlog Pines, se encontrava um adolescente de 14 anos caminhando até a área de visitação. Ele se sentou em frente a uma parede de vidro, pegando o telefone ele apertou o botão ouvindo a voz de sua irmã.

── Dylan, você está tão grande... olhe pra você! ─ Ash fala para o garoto.

Ela está horrível. Cabelo desbotado e emaranhado, algumas perebas na boca e está extremamente magra.

── O que você quer? ─ Dylan fala enquanto batuca os dedos no balcão.

── Queria te ver! Quem te trouxe até aqui? ─ ela o questionou sorrindo, seus dentes podres.

── Meus avós. Mas anda, fala logo o que porra você quer. ─ Dylan disse, fazendo Ash se endireitar.

── Deus, você está igualzinho ao papai... ─ ela falou limpando o nariz. ── Faz tempo que você não fala comigo ou vem me visitar...

── Vai me contar quem é o assassino da minha mãe e do nosso pai? Por que se não for isso eu vou embora. ─ ele se prepara pra se levantar.

── Espera! ─ ela bate no vidro chamando a atenção do garoto.

Ela olha para Dylan, vendo as características físicas do adolescente idênticas aos do pai. Até mesmo o olhar intenso lembra o Alan.

── Essa aqui... ─ Ash tira uma fotografia do bolso e encosta no vidro mostrando a Dylan. ── Foi quem matou sua mãe e queimou o nosso pai vivo.

Na foto estava S/n sorrindo alegremente. O retrato estava meio amassado e meio velho pelo tempo, mas Dylan fixou o olhar.

── Você tem certeza? ─ Dylan se inclinou olhando certeira pra Ash.

── Tenho. ─ Ash afirmou. ── Ela destruiu nossas vidas! Destruiu!

── Ela me parece familiar... me lembro dela... ─ Dylan semicerrou os olhos tentando se lembrar.

── Ela é uma assassina. ─ Ash falou histérica. ── Ela é Dylan...

Dylan se levanta olhando para os policiais ao seu redor e retirou uma pena de corvo colocando em frente a Ash a observando com repúdia.

── Acho que não. ─ ele sorriu se virando e indo embora.

Rapidamente, dois policiais tamparam a boca de Ash com um pano e observou a vida da mulher sumir de seus olhos. Dylan sai de dentro da delegacia e tira o celular de seu bolso ligando pra um número.

── Pronto. ─ Dylan fala e em seguida desliga o telefone.

Do outro lado da ligação, S/n guardava o celular e olhava para a máscara do homem sem rosto dentro de uma caixa no fundo de seu guarda roupa com Jake ao seu lado ninando Claire. E com um sorriso gélido, a mulher fechou as portas em um baque ecoando.

Nem todos os segredos são revelados, são apenas ocultados.

Fim.

Golden Hacker - Moonvale Onde histórias criam vida. Descubra agora