𝐂apitúlo 30

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O papai chegou

    𝐅iquei dentro da pequena cela, estipulada a não cooperar com muita coisa. Alan sentada em sua mesa, o que ficava mais ou menos a uns cinco passos de onde eu estava.

── Eu avisei pra você desde o início de tudo isso não avisei? Pra juntar seu talento com o meu. Mas você insistiu em continuar do lado errado... ─ Alan bufa debochado.

── Imagina só como o pequeno Dylan irá ficar... ─ falo o suscitando.

O homem vira a cabeça em minha direção, e me analisa com fogo nos olhos quando menciono Dylan. Era magnífico saber a sua fraqueza.

── Não meta meu filho nos nossos assuntos querida... ─ ele se levanta, os olhos sobressaindo pra mim.

Alan se aproximou, juntando as mãos. As chaves oscilaram em seu cinto, como uma marca registrada do mesmo. Ele se agachou, pra ficar a minha altura por eu estar em uma cadeira algemada.

── Só leva em consideração que eu vou... ─ ele aproximou seu rosto da cela, com um enorme sorriso. ── Fazer de tudo pra ele descobrir o que o papai dele é de verdade...

── Ele só tem 3 anos querida. Nem se você quisesse você conseguiria... ele é uma mula igual a mãe. ─ ele bufa se levantando novamente.

── Bem, ele vai amar uma história que vou contar a ele. ─ dou de ombros, divertida por ver o rosto do homem vacilar alguns segundos.

Os olhos azuis do rapaz piscaram, como um tic contínuo de medo. Ele parecia extremamente afetado, e se afastou rapidamente balançando a cabeça delongado. Joel subitamente apareceu com um celular e se sentou onde Alan estava.

Ele me olhou, divertido e rindo. Em suas mãos estavam o celular de Adam, e ele com questionamentos rápidos, o guardou me olhando.

── Como vai S/n? Viva? ─ Joel me questionou vitorioso e risonho.

── Ah, eu vou bem Joel. Diferente da sua esposa morta que você matou. ─ assim que o digo, os olhos do velho se arregalam surpresos.

── Como ousa...

── Desculpa, cedo demais pra piadas frias? ─ olho para ambos dando um sorriso. ── Você é um hipócrita por sair dizendo com orgulho que sua mulher morreu de doença. Sendo que a doença dela era você e o seu filho.

O velho olha ao redor antes de com tudo puxar o meu cabelo batendo monua cabeça contra a grade fria. Ele segura por poucos segundos antes de soltar se levantando.

── O que está dizendo? Será que vamos ter que encaminhar ela pra psiquiatria Alan? ─ Joel olha pro filho, fingindo pensar.

── Eu acho que sim pai, ela está delirando. ─ Alan acompanha o raciocínio do pai. ── Você quer que eu... te passe um óleo essencial?

Ele tira um frasco familiar do bolso, o mesmo que estava em seu carro e provavelmente o mesmo que Joel me fez usar no seu consultório. Balançando entre os dedos, ambos se afastaram dando risada.

Me encosto na cadeira novamente, bufando irritada com a demora de Jake e do tenente William. Quando vejo, passei a noite inteira acordada e começo a ver as luzes se ascendendo a maneira que os funcionários da delegacia começa a chegar. Um policial todo fardado com uma balaclava se aproxima com uma xícara de café e entrega pra mim parando através da cela.

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