Capítulo 39

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POV Ludmilla

Ao entrar no apartamento Ludmilla se jogou no sofá e indicou que a filha fosse para o banho, a negra se forçou a trabalhar mais que o normal nos últimos dias e Jasmine havia sugado todas as suas energias naquele final de semana.

Na segunda-feira, após a descoberta da trama organizada por Isabelly e Thaissa, Ludmilla saiu as pressas do escritório da amada e se trancou no quarto, onde passou o resto da tarde e da noite chorando...

Flashback on

Após horas trancada, a negra se deu por vencida e abriu a porta, permitindo que Daiane entrasse.

Daiane: - Caraca, quase chamei o chaveiro pra abrir essa merda. - Encarou a amiga e automaticamente mudou o tom. - Lud? Que foi? - Se aproximou e a recebeu em seus braços, acolhendo aquele choro dolorido e para ela, inesperado.

Ludmilla: - Eu estava certa... Não sou uma pessoa horrível! - Olhou para Daiane. - Foi tudo uma grande armação.

Daiane: - Espera? - Do que está falando? - Sentou-se na cama e conduziu a negra para fazer o mesmo. - Vou pegar uma água com açúcar, você está muito nervosa, já volto. - Daiane caminhou rapidamente até a cozinha e voltou em menos de 2 minutos, se antes ela estava preocupada pelo fato de Ludmilla não abrir a porta, agora, vendo o estado em que a amiga se encontrava, o pânico de anos atrás voltou a tomar conta de si. - Toma, beba um pouco.

Ludmilla: - Obrigada...

Daiane: - O que houve?

Ludmilla: - Thaissa contou a verdade. - Voltou a chorar.

Daiane: - Ei, respira... - Pegou em sua mão. - Tô aqui, sempre, lembra? - Assentiu.

Ludmilla: - Ela me dopou, por isso eu não lembro de nada, ingeri alucinógeno e por instantes passei a acreditar que era Brunna que estava comigo.

Daiane: - Não pode ser! - Levantou-se. - Ah eu mato essa vagabunda. - Fechou o punho. - Como ela pôde fazer isso, me prometeu que te levaria em segurança. - Socou a parede. - Droga Ludmilla, que merdaaa!

Ludmilla: - Você não teve culpa... - Respirou fundo. - O plano já estava pronto, se não fosse ali, seria em algum outro momento.

Daiane: - Me conta essa história direito!

A negra foi contando detalhe por detalhe e Daiane ia ficando ainda mais indignada com o que ouvia.

Daiane: - Caraca, eu sinto muito Lud. - Sentiu uma lágrima descer em seu rosto. - Você se perdeu por um tempo, quase morreu, viveu uma tristeza sem fim e agora isso, descobre que além de tudo, ainda sofreu um crime. - Voltou a abraçar a amiga. - Conte comigo para acabar com essas duas, sem dó e nem piedade!

Ludmilla: - Preciso pensar no que fazer daqui pra frente, ainda estou confusa e muito magoada.

Daiane: - Imagino... E a Brunna?

Ludmilla: - Não ficou bem também, se exaltou algumas vezes... - Suspirou.

Daiane: - Ela também foi enganada.

Ludmilla: - Todos nós fomos, a diferença é que vocês me deram o benefício da dúvida, ela não!

Daiane: - Lud... - Fez sinal com a mão. - Você sofreu um tempão pra essa mulher voltar pra ti, agora que está tudo bem, não vai me dizer... - Foi interrompida.

Só o amor cura... (G!P) - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora