capítulo 25

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Heloísa Sampaio

Sentir o gosto de Stênio junto ao meu mais uma vez, era quase como beber água depois de um longo período na seca. E que seca, ein? Não foram dias fáceis, mas eu sabia que conseguiria chegar ao meu próposito final.

Precisava que ele me colocasse contra a parede para que eu me visse obrigada a falar tudo que eu sinto em segredo, tudo que eu tenho receio de dizer em voz alta. As coisas só funcionam dessa forma comigo, a vida inteira foi assim.

E claro que a pessoa que mais me conhece no mundo, seria a única capaz de não só me fazer falar, mas também quase implorar para que ele parasse de enrolação. Já fazia dias da nossa última vez, e depois de todas as provocações, eu só queria acabar com aquela sede logo.

Sede de Stênio, só dele.

— Que saudade que eu tava desse seu cheiro, Heloísa. — revirei os olhos e joguei a cabeça para trás assim que meu nome completo saiu de sua boca.

É impressão minha ou é mais excitante se falado dessa forma?

Sua boca logo encontrou um ponto sensível no meu pescoço, passando a língua por toda pele que ele via pelo caminho. Eu me encontrava arrepiada dos pés ao último fio de cabelo, totalmente entregue.

Uma de suas mãos abaixou a alça da minha camisola com uma leveza absurda, distribuindo beijos por toda a região que ia ficando nua aos seus olhos sempre tão atentos, tão meus. Stênio parecia fazer tudo com toda calma do mundo, querendo aproveitar aquele momento da melhor forma possível.

Era cheio de carinho, de afeto, de atenção. Ele decorava cada parte do meu corpo como se já não conhecesse cada partezinha, como se não me lesse até do avesso.

Abaixando a camisola até que meus seios ficassem disponíveis para sua boca sedenta, gemi no momento em que ele exterminou qualquer distância que pudesse existir entre sua língua e o meu mamilo. O advogado mordia, lambia e chupava um dos meus seios, enquanto massageava lentamente o outro com a mão.

Era uma tortura deliciosa, daquelas que fica gravada na memória uns bons dias.

— Não quero você quietinha hoje, quero ouvir tudo que você puder me dar.

Como se meu corpo só obedecesse os comandos dele, soltei um gemido mais alto quando seus dentes morderam levemente meu mamilo, deixando-o ainda mais sensível do que já estava.

Stênio continuou a descer beijos pelo corpo, enquanto também descia o tecido de seda da minha camisola na mesma sintonia. Beijava minha barriga com os olhos presos no meu, que fazia questão de assistir cada ação sua.

Sentir tudo que eu estava sentindo, sabendo quem é o responsável por deixar nesse estado, é ainda mais saboroso.

— Não me provoca, Stênio. Tô cheia de vontade de você. — minha voz era fraca, vendo o joguinho que ele fazia com a minha calcinha de renda, decidindo se tirava ou não.

E ele riu, um riso irônico e divertido ao mesmo tempo.

Ele aproveitou para retirar o restante da camisola que ainda estava presa ao meu corpo, me deixando apenas com uma calcinha de renda vermelha. Uma calcinha nova, que eu tinha comprado justamente para provocá-lo durante a noite.

Ainda bem que nem precisei me utilizar dessas artimanhas.

— Quero você hoje só com essa calcinha minúscula no corpo, só isso. Nada mais. — ele murmurou, enquanto passava os dedos pela minha intimidade depois de afastar o tecido, notando o quão molhada eu estava. — Você está quase pingando por mim, Heloísa. E ainda tem coragem de dizer que eu não sou homem pra você. — ele riu em ironia, me pegando no pulo.

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