capítulo 33

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Heloísa Sampaio

A minha intenção ao ir atrás de Stênio naquela noite, depois de ele ter me rejeitado, era que realmente nos resolvêssemos na conversa. Não queria que fosse só sexo e apenas isso, porque não resolveria nosso problema a longo prazo.

Mas ele estava irredutível, totalmente. Sequer olhava na minha direção, não me dando a chance de tentar algo.

Tive que apelar, não teve jeito.

— Transar não vai resolver o nosso problema, Heloísa. — sua voz até poderia parecer firme, mas eu sabia bem que ele já estava amolecido.

Stênio não ousava virar o seu olhar até mim, que permanecia com as pernas abertas na sua direção em uma provocação clara.

— Eu sei disso, meu bem. Mas eu não posso mandar nas vontades do meu corpo. — me utilizei da minha voz mais manhosa.

A voz que sempre o quebraria ao meio quando somada à visão do meu corpo entregue a ele.

— Toma! Se cobre que tá frio! — ele jogou o cobertor em cima de mim, sem olhar na minha direção.

Mas não me deixei abalar pela sua clara falta de interesse, muito ao contrário disso. Me utilizei do seu descaso, para provocá-lo ainda mais.

Não existe nada pior do que instigar a imaginação de um homem, ainda mais quando ele é vidrado no meu corpo, como ele é.

Com a coberta ainda tampando parcialmente meu corpo, afastei a calcinha da minha intimidade, começando a me tocar ainda levemente. Sem desviar meu olhar dele, querendo assistir cada reação que ele fingia não ter ao me ver daquela forma.

— Olha pra mim, vai. Para com isso. — falei manhosa, mordendo meu próprio lábio por causa do tesão. — O que eu preciso fazer pra você olhar pra mim?

Ele deu uma risada quase ácida, balançando a cabeça de um lado para o outro em negação. Stênio estava com raiva, muita raiva de mim.

— Você sabe muito bem o que você precisa fazer, Heloísa. — ele trincou o maxilar, ainda sem ousar desviar até mim.

Continuava me masturbando bem de leve, sabendo que o que eu queria de verdade eram as mãos dele em mim. Ninguém faz como ele, por mais que eu tente muito.

— Repete pra mim, amor. Repete o que eu tenho que fazer, que eu já esqueci. — não fiz nem questão de parecer bem intencionada.

Porque sendo sincera, minhas intenções eram as piores.

Stênio se virou na minha direção pela primeira vez, com sangue nos olhos. Ele estava puto porque estava morto de tesão, e eu conseguia enxergar isso muito bem na sua calça de moletom.

— Você vai continuar com essas gracinhas de me negar na frente dos outros? Igual fez com Drika, igual tentou fazer com Creusa? — ele falava pausadamente, olho no olho.

Se ele abaixasse só um pouquinho aquele olhar, poderia visualizar os movimentos da minha mão por baixo do tecido do cobertor.

— Se eu te disser que eu não faço mais, você abaixa esse cobertor e me ajuda com o que eu tô precisando? — fiz um biquinho na sua direção, me segurando para não atacá-lo de uma vez.

Sentia meu corpo todo formigando de tanta vontade dele, das mãos dele me apalpando no lugar certo, do seu beijo com sabor de Stênio. Sabor só dele.

— Depende, Helô... — o seu olhar rapidamente mudou do ódio para a luxúria em questão de segundos. — Eu vou ter que ter essa conversa com você de novo?

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