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Naoto Tachibana

Era Halloween, as ruas estavam enfeitadas a característica algumas vezes as crianças vinham em casa para o 'doces ou travessuras'. Eu e a Akane atendíamos a porta, uma coisa que eu amo na minha amada é que ela é tão compreensiva com as crianças. Um dia quero casar e ter filhos com ela, será uma mãe maravilhosa. Nesse momento estávamos arrumando cestas de alimentos para distribuir às pessoas que precisavam, com uma câmera filmando tudo. Essa data em especial é o dia em que o Keisuke Baji se suicidou e o hanemiya Kazutora foi morto pelo Mikey, mas outra pessoa levou a culpa. 'Espero que esteja tudo bem com o Takemichi'. Meu pensamento é interrompido pela Akane.

— Está tudo bem, amor? Você parece meio pensativo.

— Está sim, só estava pensando na minha irmã.

Ela para o que estava fazendo e passa as mãos suavemente nos meus ombros, aliviando toda a tensão acumulada.

— Olha, eu sei como é perder alguém importante para a gente, mas saiba que você não está sozinho, estou com você sempre, ok? — Ela dá vários beijinhos no meu rosto.

— Ok, amor. — Puxo ela para um beijo apaixonado.

Me fez lembrar de como nos conhecíamos. Ela tinha acabado de fazer 18 anos e precisou sair do orfanato. Quando se estabilizou, me procurou para tentar encontrar a mãe desaparecida. Mesmo sendo apenas o detetive dela, acabou que viramos amigos. Logo apresentei minha irmã Hina para ela e percebemos que tínhamos atração um pelo outro. Ela gosta das mesmas coisas que eu e viramos um casal quando eu tinha 21 anos e ela, 20. Confesso que também me aproximei dela porque ela era suspeita de crimes no passado, assim como a imagem do professor que suicidou, e a esposa afirma que foi culpa dela. Na época, ela era aluna desse homem.

Demos uma pausa e pedimos algo para comer. Toda hora eu ficava abrindo as notícias para saber se algo tinha mudado e nada, até a Akane falar.

— O que tanto olhar nesse celular? E mulher? — murmurou ela de braços cruzados.

— Não, claro que não. — falo com convicção

— Então deixa eu ver.

Sem mais nem menos, ela tomou o celular de mim e franziu as testas.

— Por que toda essa obsessão pelo meu primo? — disse ela rolando a tela do celular

— Primo? Como assim, primo? —perguntei confuso

— O Kazutora é meu primo por parte de pai.

— Mas você disse que é sozinha e que não tem parentes.

— Até certo ponto, quando eu era uma criança pequena e meu p-pai — ela fala com dificuldade — se encontrava com o irmão dele, o pai do Kazotoura era meu tio, só que depois que foi parar no orfanato perdi contanto com todos e ninguém veio me procurar também até então eu nem sabia que o kazotoura tinha morrido só descobri quando sair do orfanato. Até fiquei triste quando soube da notícia

— Nossa, não sabia disso. — Abraço ela por trás enquanto ainda mexe  no meu celular procurando por qualquer mensagem de mulher. É óbvio que fico tranquilo, não tenho nada a esconder.

— Tem muita coisa sobre mim que você ainda não sabe, amor.

— Realmente, Akane, você é uma caixa de surpresas, mas se você pode mexer no meu celular, eu também posso mexer no seu, certo? — Brinco com ela para ver a reação da mesma.

— Claro. — Ela retira as mãos de mim e, pela bolsa, que estava jogado no sofá retira o celular. — Tudo seu — diz ela estendendo o aparelho para mim.

— Não, não, não. Amor, estava brincando. Eu confio em você. — recuso empurrando o aparelho para ela

Somos intenrrupido pelo som da campanha a comida finalmente chegou

Passamos o dia inteiro fazendo as cestas básicas, garantindo que todas tivessem a mesma quantidade de cada alimento. No fim da noite, achei que estava muito tarde para a Akane voltar para casa, então dormimos juntos. Não sabia o quanto ela era 'apegada' para mim até vê que, em nenhum momento, ela desgrudava dos meus braços e eu só queria ir ao banheiro, mas tinha medo de a acordar. 'Tão fofa', murmurou, tocando em seus cabelos pretos com um sorriso.

De manhã, os meninos que nos ajudaram a comprar os alimentos iriam ajudar na distribuição. Então, por volta das 7 horas  eles chegaram em casa até com o pão presunto e queijo enquanto a Akane se arrumava, já que algumas das roupas dela ficaram aqui. Eu e os meninos devorávamos o que eles trouxeram.

Por volta do meio-dia, as vans com as cestas chegavam às áreas periféricas, enquanto os olhares curiosos dos moradores queriam saber o que era tudo isso. Não sei como, mas a minha amada conseguiu permissão com as pessoas que mandavam naquela área, e melhor ainda: eles ainda estavam dispostos a ajudar. Nunca pensei na minha vida estar do lado errado para um bem maior; devo admitir, pelo menos uma vez, que os delinquentes estão fazendo mais do que a polícia e os políticos.

Separamos as barracas em quatro partes: uma com as cestas básicas, outra com marmitas para quem não tem casa e vive nas ruas, e alguns brinquedos para as crianças. Ah, e claro, não esquecemos dos animais de rua; tinha ração tanto para os cachorros quanto para os gatinhos, e de melhor qualidade. Mas o melhor de tudo é ver o sorriso da Akane ajudando com tudo, principalmente as crianças.

O tempo passou tão rápido que já era o final da tarde. As coisas estavam indo bem, as pessoas faziam fila para pegar as coisas, tudo certinho e com brilhos nos olhos, sabendo que teriam o que comer ou poderiam alimentar seus pequenos. Eu estava entregando ração a alguns dos moradores para alimentar seus bichinhos, até sentir meu celular tocar sem parar. Tentei ignorar a princípio, mas não consegui.

Não estava acreditando no que estava acontecendo. O Kazutoura estava vivo, o Takemichi finalmente consegui mudar o passado, mas meu sorriso desapareceu quando percebi que a Hinata continuava morta no presente e, para piorar a situação, percebo que um número desconhecido me mandou uma mensagem com um vídeo. Sento no chão mesmo e abro.

Estava totalmente chocado que, dessa vez, quem mandou matar  a minha irmã era o próprio Takemichi. E pior de tudo: ele estava uma pessoa irreconhecível. Eu teria que prendê-lo, mas uma boa notícia era que o Kazutora estava do nosso lado e, pelo que entendi, o número que mandou o vídeo era do Chifuyu Matsuno. 'Preciso resolver isso.' Sem nem pensar direito, abandonei todos ao meu redor e ignorei os protestos da Akane, perguntando o que aconteceu e aonde eu ia. Eu resolveria isso com ela depois; agora precisava solucionar essa situação…

entre luvas e sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora