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⋯ 𝕿𝖆𝖈𝖍𝖎𝖇𝖆𝖓𝖆 𝖓𝖆𝖔𝖙𝖔 ⋯

Disquei os números enquanto olhava a papelada em minha frente, impacientemente batia as sola do meu sapato no chão repetidas vezes até a Kaká atender.

- alô ? - diz ela com uma voz indiferente

- a gente pode ser ver hoje, em horário de almoço, ou você tá muito ocupada? Tenho novas pistas sobre o paradeiro da sua mãe - digo sério

- sério ? Tenho tempo sim, me fala a onde e o horário que podemos nós encontrar - sua voz que antes parecia morta e sem vontade de conversar agora parecia disposta a ouvir cada detalhe naquele mesmo instante em que ouviu o que eu disse passar pelo telefone celular e chegar a seus ouvidos

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estava em frente ao restaurante, no qual marcamos nosso encontro enquanto ela não chegava, eu já estava escolhendo um lugar para sentarmos, enquanto conferia as opções sugeridas no cardápio pelo garçom que me recebeu no estabelecimento, demorou pouco mais de 5 minutos, mas pude avistar akane passando pela porta e perguntando algo a recepcionista, provavelmente se havia alguma reserva de mesa em meu nome, a recepcionista afirma que sim com a cabeça e aponta para mim, com se gesto de apontamento akane se vira para olhar na direção dita pela recepcionista assim reparo ainda mais em como ela estava belíssima como sempre, me levantei e logo fui até ela a recepcionando e a guiei até a mesa que tinha reservado para nós , educamente puxei a cadeira para ela se sentar,assim que ela senta empurro a cadeira para frente e faço um gesto com a mão direita chamando a atenção de um garçom ali perto e peço para que ele traga um vinho para a senhorita que acabou de chegar, sendo assim me sento novamente e ajusto a cadeira para perto da mesa novamente.

- prefere uma coisa nova ? Ou o mesmo de sempre ? - diz ele olhando atentamente a mulher a sua frente.

- vou escolher o mesmo de sempre, assim poupamos o tempo de escolher alguma opção do cardápio já que você só tem seu horário de almoço,aliás, se você está no horário de almoço, como voltará para o trabalho a tempo? A comida de um restaurante demora para sair - respondeu-me e logo fez um bom questionamento mas eu já tinha uma resposta clara.

- adiantei alguns casos mais cedo, assim consegui um tempo extra no meu almoço - diz ele, ajeitando o terno.

- assim, entendi.

Pela minha visão periférica, consegui observar a garçom vindo na nossa mesa com uma garrafa de vinho Catena Malbec, acompanhando com duas taças, educamante coloca as coisas na nossa mesa e pergunta.

- Já sabem o que vão pedir? - diz ela olhando para gente.

- já sim, vou querer um Filé mignon grelhado com batatas fritas.

- e o senhor? - diz ela já pegando o caderninho anotando o pedido da akane.

- hum, vou querer um Salmão grelhado - ela acena a cabeça em compreensão.

- algo para beber ?

- pode me trazer algo sem álcool - e você akane ?

- esse vinho aqui já tá bom.

- certo,quando os pedidos estiverem prontos serão entregues ao casal - diz a garçonete cê afastando da gente.

- então naoto, você disse que descobriu pista sobre o paradeiro da minha mãe, me conte o que descubriu - diz ela bebendo um pouco do vinho.

- tenho investigado um pouco os radares da cidade - entrego a ela alguns papéis com placas de carros supostamente suspeitos por mim - verifiquei as placas e uma delas bate com uma placa de um carro encontrado bem perto de um posto de vigia abandonado da parte afastada da floresta do centro de tratamento animal da cidade,o posto está abandonado mas as câmeras ainda funcionam,fui lá averiguar o carro e há marcas no chão,parecem que alguém foi arrastado mas as marcas somem assim que o mato começa a ficar alto - explico enquanto ela observa seriamente os papéis com uma expressão que não consigo decifrar.

- mas você sabe que época, pode ter acontecido esses fatos?

- pelo ano registrado no histórico do radar foi em 2003, esse foi o ano em que sua mãe desapareceu não foi ?

Antes que ela sequer fosse me responder, o braço da garçonete aparece colocando nossos pratos e minha bebida sob a mesa, assusto com a aparição dela já que não esperava que o pedido chegasse tão rápido e ela mesma me pergunta:

- está tudo bem?

- está sim, apenas estava distraído e me assustei com sua aparição

- desculpe - pede ela fazendo um gesto a pedido de desculpas

- tudo bem não precisa se desculpar - ao terminar de falar ela assente com a cabeça e se retira

A Kaká da um simples aceno de cabeça e começa a comer a comida, com um olhar bem pensativo, tinha vontade de falar algo mas minha boca não fazia nenhum som além da mastigação,não sabia se seria bom para um momento como esse falar algo, não sabia o que se passava na cabeça de Akane, talvez ela quisesse que eu falasse algo fora do assunto que viemos tratar ou queira que fiquemos calados até ela pensar bem

Depois de minutos, decido quebrar o silêncio mortal que estava entre nós

- bom... - digo ao colocar os talheres sob o prato fazendo um som de impacto entre a porcelana dos pratos e o alumínio dos talheres - por enquanto essas são as únicas informações que eu tenho - digo desfrutando da minha bebida

- certo, quando tiver novas informações me avise, mas..mudando de assunto, podemos ir naquele festival que vai acontecer daqui uns dias, o que acha ? - diz ela mudando sua voz de timbre sério para uma animada, claramente tentando mudar o clima

lembro do que o Hanagaki disse a 11 anos atrás sobre a brigas de Gangue e óbvio que não vou arriscar a vida de Akane e perder a minha amada.

- desculpa amor, mas não poderei ir vou estar ocupado com alguns assuntos e nem você deverá ir ok? - digo começando a comer meu prato novamente

- como assim você vai está ocupado? Vai estar com outra? - diz ela aumentando a voz comigo, com um olhar enfurecido, batendo as mãos na mesa fazendo com que ela tremesse e tudo que estava sob ela fizesse barulho atraindo olhares para nossa direção

- calma, a gente pode fazer outra coisa o que acha ?

- não! Eu já estou cansada você nunca tem tempo para mim, sempre ocupado com isso, ocupado com aquilo, se o que tem te mantido ocupado é outra mulher tudo bem!!

as pessoas ao redor começam a observar a cena, já posso ouvir os cochichos mas este não é meu foco,meu foco é akane e seus olhinhos lacrimejando, logo digo baixo tentando acalma-la

- amor... - me levanto para me aproximar dela, mas a sua reação simplesmente é sair correndo,quase como uma cena de filme,mas a situação ali não era a mesma que um filme,era mais complexo, eu amo a akane mais viver com uma pessoa que tem o transtorno borderline é muito difícil e cansativo, decido dar um tempo a ela, simplesmente fiquei sem fome educamente chamo a garçom para pagar a conta e saiu do restabelecimento. pelo menos sendo um policial posso distrair minha mente de toda essa situação.








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