A luta contra nosso parente imbecil

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Um barco da Guarda Costeira nos recolheu, mas eles estavam ocupados demais para ficar conosco por muito tempo, ou para querer saber por que cinco crianças com roupas casuais foram parar no meio da baía. Havia um desastre para cuidar. Seus rádios estavam entupidos de chamados de emergência.

Eles nos largaram no píer Santa Monica com toalhas em volta dos ombros e garrafas d'água que diziam EU SOU UM GUARDA-COSTEIRO MIRIM! e saíram às pressas para salvar mais gente. Nossas roupas estavam encharcadas, inclusive as minhas.

Quando o barco da Guarda Costeira apareceu, eu implorei baixinho que eles não nos tirassem da água e nos achassem perfeitamente secos, o que teria feito algumas sobrancelhas se erguerem. Então desejei que eu e Percy ficássemos encharcados. Sem dúvida, nossa mágica à prova d'água nos abandonara.

Percy estava descalço, porque entregara seus sapatos a Grover. Era melhor a Guarda Costeira se perguntar por que um de nós estava descalço do que se perguntar por que um de nós tinha cascos.

Depois de chegar a terra firme, saímos cambaleando pela praia vendo a cidade queimar contra um lindo pôr-do-sol. Era como se tivesse acabado de retornar do mundo dos mortos — o que era verdade.

Minha mochila estava pesada, com o raio-mestre de Zeus. Meu coração estava ainda mais pesado por ter visto nossa mãe.

- Sky, me de a mochila. Pediu Percy eu a entreguei sem reclamar, sentindo alívio instantâneo ao parar de sentir todo aquele peso sobre meus ombros.

- Eu não acredito - disse Annabeth. - A gente passou por tudo aquilo e...

- Foi um truque - disse Hanna. - Uma estratégia digna de Atena.

- Ei - avisou.

- Você entendeu, não é? Ela baixou os olhos, a raiva murchou.

- Sim. Entendi.

- Bem, eu não entendi! - reclamou Grover.

- Será que alguém poderia...

- Percy... Sky...- disse Annabeth. - Eu sinto muito pela mãe de vocês. Sinto tanto...

Fiz que não estava ouvindo. Se eu falasse sobre a minha mãe, ia começar a chorar como uma criancinha.

- A profecia estava certa - disse eu.

- "Vocês devem ir para o oeste, e enfrentar o deus que se tornou desleal". Relembrou Percy.

- Mas não era Hades. Hades não queria guerra entre os Três Grandes. Disse Hanna.

- Algum outro executou o roubo. Alguém roubou o raio-mestre de Zeus, e o elmo de Hades, e tramou contra nós porque somos filhos de Poseidon. Falou Annabeth.

- Poseidon será culpado por ambos os lados. Ao pôr-do-sol de hoje, haverá uma guerra tríplice. E nós a teremos causado. Disse meu irmão.

Grover sacudiu a cabeça, desconcertado.

- Mas quem seria tão fingido? Quem iria querer uma guerra tão ruim?

Paramos bruscamente, olhando para a praia.

- Puxa, deixem-me pensar.

Ali estava ele, aguardando por nós, em seu casaco preto de couro, e óculos escuros, um bastão de beisebol de alumínio ao ombro. A motocicleta roncava ao seu lado, o farol deixando a areia vermelha.

- Ei, crianças - disse Ares, parecendo genuinamente contente em me ver. - Vocês deviam estar mortos.

- Você nos enganou - disse eu.

- Você roubou o elmo e o raio-mestre. Acusou Percy.

Ares arreganhou um sorriso.

- Bem, mas eu não os roubei pessoalmente. Deuses tirando símbolos de poder uns dos outros,nã-nã-nã, isso é inaceitável. Mas você não é o único herói do mundo que pode dar recados.

Os Olimpianos e o Ladrão de Raios Onde histórias criam vida. Descubra agora