Capítulo 05

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Freen Sarocha pov's

Toquei a campainha da casa de Becky e esperei pacientemente até que a porta fosse aberta. Ela sorriu para mim e se jogou em meus braços, me abraçando e me tirando uma risada totalmente sincera.

— Que saudades!!

— Nos vimos semana passada — falei rindo.

— E daí? Respeita a minha saudade! — Segurei seu rosto para lhe dar um selinho demorado. — Você não sentiu saudades de mim? — perguntou me puxando para dentro.

— Claro que sim! — aleguei. 

— Hum. — Estreitou os olhos em minha direção e eu sorri largo, ela riu. — Vem, vamos lá no quarto. Estou terminando de desenhar algo. — Ela estendeu a mão e eu segurei.

Fomos até seu quarto. Ela se jogou na cadeira e alcançou o lápis, continuando a desenhar. Dei uma olhada no desenho e sorri orgulhosa.

— Você desenha muito bem.

— Obrigada. 

Observei seu quarto. Era bem aconchegante, e me lembrava mesmo Becky. Era baseado nas cores brancas e bege, com alguns toques de rosa em certos pontos. A cama de casal centralizada, em frente, um guarda-roupa, ao lado da cama haviam duas mesas de cabeceira, na parede da porta estava uma mesinha, com um computador e suas coisas de desenho. 

Caminhei devagar até chegar em sua cama e sentei na ponta. Olhei para a menor e sorri boba, achando ela extremamente atraente concentrada no que fazia.

Continuei a observar seu quarto, até que meu olhar caiu numa cestinha cheia de remédio. Suspirei baixo, odiando a ideia de ela tomando tudo aquilo. Peguei o que mais me chamou a atenção e franzi o cenho, analisando. Era um frasco relativamente pequeno e estava um pouco mais que a metade.

— Becky — chamei e ela se virou para mim —, você toma esse?

— Tomava. Quando eu estava passando pelo médico antes de você, ele me receitou esse. Tomei por um mês, acho.

— Esse não deveria.

— É, ele mandou parar no mês seguinte, depois de eu reclamar.

— Entendi. — Coloquei o frasco no lugar. — Acabou aí?

— Quase. — Voltou a desenhar.

— Quando você vai me dar atenção e carinho? — Ouvi sua risada e sorri.

— Você espera dez minutinhos? — Me olhou e eu assenti como uma criança, tirando mais uma risada dela.

Fiquei ali a admirando enquanto ela terminava. Quando acabou, me mostrou de longe, e eu sorri, achando incrível. Era um desenho do homem-aranha, em preto e branco e grafitado. 

— Ia pintar, mas prefiro pintar com tinta ao invés de lápis, e eu tô sem. — Levantou.

— Está lindo, mesmo assim. Você é uma artista. — Ela veio até mim. — Já pensou em vender suas obras de arte? — Abracei sua cintura assim que ela parou em pé entre minhas pernas.

— Na verdade, eu já pensei em seguir com a carreira de pintora mesmo.

— Você será uma pintora incrível! — Ela me beijou.

Suas mãos seguraram meu rosto delicadamente no meio do beijo. Eu sempre me sentia no céu quando nos beijávamos, era uma sensação maravilhosa e eu passaria o dia inteiro beijando essa mulher.

Num impulso e querendo que ela ficasse mais perto, a puxei para meu colo. Ela soltou uma risada e me olhou, fazendo um carinho em minha nuca.

— Você é linda — falei sincera e vi seu rosto corar. — Você deveria se acostumar com meus elogios.

Em Busca da Cura - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora