Gwen ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

15 - 𝘣𝘰𝘥𝘺 𝘭𝘢𝘯𝘨𝘶𝘢𝘨𝘦

Eu estava imóvel. Vinnie estava tão espantado quanto eu. Ele claramente não esperava me encontrar aqui no prédio essa hora da noite.

— Eu... terminei um trabalho agora. — disse pegando a minha bolsa do chão e a colocando no braço.

— Agora? Está meio tarde, não acha? — cruza os braços e me olha estranho.

— Estava finalizando um projeto que estou fazendo com a Amelia. A Gemma nos deu o prazo para entregar até amanhã. — digo rápido.

— E onde sua amiga está? — ele ainda estava com os braços cruzados e olhava para os lados procurando minha amiga.

— Ah, ela foi para casa. Estava muito cansada e com certeza não iria produzir mais nada. Resolvi terminar o que faltava sozinha. — coloco a bolsa no ombro. — Está tudo bem?

— Não iremos falar sobre isso aqui, é perigoso. As paredes escutam até de madrugada. — ele levanta uma sobrancelha. — Entre, por favor. — ele abre a porta de sua sala e da espaço para que eu entre.

Vinnie parecia não estar nos seus melhores dias, mas ele tem sido bem legal comigo até agora. Uma pena que o nosso reencontro tenha sido dessa maneira.

Dou um passo para dentro da sala e ele fecha a porta atrás de mim e volta para sua mesa. Ele parecia exausto.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupada e ele me olha com um olhar cansado.

— Não quero te incomodar com os meus problemas, Gwen. — ele suspira.

— Pode desabafar comigo, se quiser. — coloco a minha bolsa em uma das cadeiras.

— Você não vai querer saber...

— Eu escutei o meu nome atrás da porta, Hacker. — o corto. — Eu quero saber o que houve.

— Não tem nada a ver com você, se é isso que quer saber. Um amigo acha que você pode me ajudar com um problema, mas eu não concordo. Não quero que você fique no meio dos meus problemas. — ele suspira.

— Como ele sabe da minha existência? — pergunto contendo um riso.

— Eu meio que contei para ele sobre a coisa meio conturbada que temos... — ele dá de ombros. — Ele é o meu melhor amigo.

Ok, então ele tem um amigo confidente no qual ele conta sobre as nossas noites? Bom saber disso, já que ele não tem cara de que senta com um amigo e fica falando sobre a mulher que ele está pegando. Quantas coisas eu ainda preciso descobrir sobre ele?

— E com o que ele acha que eu poderia ajudar, exatamente? — levanto uma das sobrancelhas.

— Não quero falar sobre isso agora, porque eu teria que te explicar muita coisa que eu acho que não vem ao caso agora. — ele diz e eu assinto.

— Se houver alguma coisa que eu possa fazer, eu farei. — apoiei os meus braços na mesa.

— Eu não quero te envolver nisso, entenda. — ele diz sério. — Isso pode destruir eu e a minha empresa junto. Não quero que se prejudique por problemas meus.

— Eu quero ajudar. Se houver alguma coisa que eu possa fazer eu vou fazer. — digo mais séria e um pouco mais perto dele. — Você já me ajudou muito, acho que chegou a minha vez. Quando você se sentir à vontade e quiser, qualquer dia, dividir esse peso comigo, não poupe esforços.

— Eu não mereço você. — ele me olha agradecido e dá um sorriso de lado. — Bom, alguém que eu conheci há um tempo voltou para minha vida. Ela encontrou alguns documentos e agora está me chantageando com eles.