✨ A queda ✨

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Rafael Ávila

O coração me doía mais que qualquer queda na rampa. A discussão entre Helena e sua mãe biológica ecoava nos meus ouvidos como um sino fúnebre, anunciando o fim de tudo aquilo que tínhamos. Agora compreende, ela comparava nossa história com a dos pais biológicos. Minha decisão de abandoná-la depois do nosso primeiro beijo, a vez reviver toda a vida do pai biológico. A carga emocional daquela cena era demais para ela, e a vi desfalecer nos meus braços.

Juca, como namorado, não permitiu que a socorresse. Vi meu amor sendo carregada por outro homem como se fosse um pedaço sendo arrancado do meu peito. Aquele era o golpe final. Meus pais me seguraram, me impedindo de ir atrás deles. Tinha a certeza de que a amava com todas as minhas forças, mas naquele momento me sentia impotente, um mero espectador da minha própria tragédia.

Retornei para o apartamento, a cabeça a mil. Liguei para Helena inúmeras vezes, mas sem sucesso. A angústia me consumia. Só encontrei paz quando minha mãe me informou que estava bem, sob os cuidados de Ana Carolina Queiroz. A notícia me tranquilizou um pouco, mas a imagem dela nos braços de Juca não saía da minha mente.

Lembro-me do beijo que trocamos no jardim da mansão, da canção que emanava amor, mas angústia ao mesmo tempo, após tudo isso ainda sentia seus doces lábios ainda nos meus. Naquele momento, o mundo parou e só existia ela e eu. Mas no amor, parece que estava perdendo a única batalha que realmente importava.

Ao acordar na manhã seguinte, senti-me fraco e esgotado. Caminhei até a sala, onde minha mãe me observava preocupada. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, desmaiei em seus braços.

Continua....

Continua

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