Vinte e Seis

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Dulce estreitou os olhos, mantendo Chloe firmemente ao seu lado enquanto Alfonso tentava se aproximar.

— Não se mova! — gritou Dulce, recuando um passo. — Eu sei que você tem truques, Alfonso. Fique onde está.

— Dulce, por favor. — Alfonso levantou as mãos em um gesto de rendição. — Eu não tenho truques. Só quero minha filha de volta.

— Sua filha? — Dulce riu amargamente. — Você acha que pode simplesmente seguir em frente, construir uma família feliz e esquecer tudo o que aconteceu? Não é tão simples assim, Alfonso.

— Eu nunca esqueci o que aconteceu — respondeu Alfonso, tentando manter a calma. — Mas Chloe não tem nada a ver com isso. Ela é inocente.

— Inocente? — Dulce olhou para Chloe, que estava tremendo de medo. — Ninguém é completamente inocente, Alfonso. Todos nós temos nossas sombras.

— Dulce, você não precisa fazer isso — Alfonso tentou apelar para qualquer resquício de humanidade nela. — Você pode reconstruir sua vida, encontrar um caminho diferente. Mas isso? Isso não vai trazer paz para você.

— Paz? — Dulce riu novamente, desta vez com mais amargura. — Paz é algo que nunca mais vou conhecer, graças a você. Mas ver você sofrer? Isso pode me dar um pouco de satisfação.

— Dulce, escute-me. — Alfonso deu mais um passo à frente, cauteloso. — Pense no que está fazendo. Você está apenas se afundando mais. Deixe Chloe ir, e podemos encontrar uma solução juntos.

Dulce hesitou por um momento, seus olhos encontrando os de Chloe, que estavam cheios de lágrimas. Alfonso aproveitou a pequena distração para dar mais um passo, quase alcançando-as.

— Fique onde está! — Dulce gritou, puxando Chloe para mais perto. — Eu não vou repetir.

— Tudo bem, tudo bem — Alfonso parou, levantando as mãos novamente. — Só não machuque minha filha, Dulce. Por favor.

A tensão no armazém aumentou, com Dulce e Alfonso em um impasse. Chloe, no meio disso tudo, olhava desesperadamente para seu pai, esperando por um milagre.

Enquanto isso, em casa, Anahí estava desmoronando, andando de um lado para o outro na sala de estar, tentando manter-se forte, mas seu rosto traía a angústia que sentia. Maite e Mane estavam ao lado dela, tentando oferecer algum consolo, mas a tensão no ar era quase palpável.

— Eles deveriam ter nos ligado agora! — Anahí disse, a voz tremendo. — Por que não temos notícias? Eu não aguento mais essa espera!

Maite, tentando manter a calma, segurou as mãos de Anahí.

— Annie, eles estão fazendo tudo o que podem. Precisamos acreditar que Alfonso vai trazer Chloe de volta.

— Ela tem razão, Anahí. — Mane concordou, tentando esconder a própria preocupação. — Alfonso é forte e determinado. Ele não vai deixar nada acontecer com Chloe.

— Eu sei, mas não posso deixar de pensar no pior... — Anahí deixou escapar um soluço, as lágrimas finalmente caindo. — Dulce é uma mulher perigosa. Ela já tentou me matar antes. E se ela machucar Chloe?

— Não pense assim, Anahí — Maite a abraçou, tentando transmitir alguma força. — Precisamos manter a esperança. Alfonso sabe o que está fazendo.

Anahí começou a chorar, a angústia e o medo tomando conta.

— Eu sabia que essa aproximação com Alfonso traria perigo. Eu sabia que algo assim poderia acontecer. — Anahí balançava a cabeça, sua voz cheia de desespero. — Eu não deveria ter deixado ele voltar para nossas vidas...

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora