Cap 4

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Eu já estava no quartel, já tinha feito meus afazeres e estava na minha sala, encosto minha cabeça na cadeira e me inclino para trás, fechados os olhos.

Já passavam das 13h., e as lembranças da noite anterior ainda estavam frescas na minha mente.

[ Mensagem - Juju]

" - Mais e ai ele não te mandou msg? * Juju

nem poderia, eu não passei meu número para ele. * Betina

Porra, mas ai também né, Betina?! * Juju

Melhor assim. * Betina

Como assim? tu não gostou, foi isso? * Juju

Não... Eu amei, foi perfeito... Ele é incrível, nossa... *Betina

Então é o que? se foi gostoso pq é melhor que ele não tenha mandado msg do além... pq só assim pra ele te mandar msg, pq tu né, lesona, não passou teu numero pra ele * Juju

Olha amiga, as vezes eu tenho vontade de te bater! tu saiu da casa do cara como um macho escroto, sem nem dizer que foi. Credo! * Juju

kkkkkkkkkkk ué, eu sei, Deixa baixo, bora esquecer isso! * Betina

Termino de conversar com a juju por mensagem e vou ler alguns prontuários de pacientes internos. Meu plantão se encerra e eu vou pra casa.

Quase uma semana depois e nem sombra do Nascimento... eu aceito que talvez não tenha sido bom pra ele, ou ele é muito mais parecido comigo do que eu imaginava.

Eu estava de plantão no hospital público, que era muito mais agitado que os meus plantões no hospital militar.
Estou de costas para a entrada de emergência, quando percebo uma agitação.

Policial do BOPE ferido em confronto! - Ouço um enfermeiro dizer ao passar por mim

Meu coração para com a ideia de ser o Nascimento, meu deus, sinto meus pés falharem.

A maca entra pela porta , meu coração estava acelerado, minha boca seca... Tento ver quem era o homem, e sinto um alívio instantâneo percorrer meu corpo, solto um suspiro o médico residente pega o atendimento.

Eu saio do hospital na esperança de ver Nascimento, mas aparentemente a guarnição que estava ali não era a dele. Volto para o hospital completamente conformada com a ideia de realmente não vê-lo mais.

Meu plantão estava quase no fim, eu estava terminando um procedimento de sutura e uma paciente que havia cortado em um acidente doméstico. Meu celular vibra no jaleco, provavelmente era a Juju ou a minha mãe. Termino o procedimento da jovem mulher dando todas as orientações necessárias para uma boa cicatrização e pedindo para que volte entre 7 e 10 dias para retirar os pontos.

Saio do consultório, eu precisava de um café... me dirijo a área externa e compro um café na lanchonete que ali havia e só então me lembro de checar a mensagem no celular.

[ Mensagem - Número Desconhecido]

" Oi!

Aqui é Roberto Nascimento! Tudo bem?
Bem... tive que recorrer ao seu padrinho para conseguir seu número

Espero que você não se importe. "

Eu dou um sorriso de lado ao ver que era mensagem dele. E logo respondo

" - Oi!
- é claro que não me importo rs * Betina

- Desde aquele dia... eu não consigo mais tirar você da cabeça, Betina!

Porra, eu durmo e acordo pesando em você!

Tô me sentindo a porra de uma adolescente de novo. * Nascimento

Oceano | Capitão Nascimento - Por Agnes B.Onde histórias criam vida. Descubra agora