POV Betina
O sol da manhã invadia o quarto através das frestas da cortina, preenchendo o ambiente com uma luz suave. Eu estava deitada ao lado de Beto, sentindo suas mãos acariciarem minha barriga com ternura.— Caralho, não aguento mais esperar pra ver minha princesinha — ele disse, sua voz carregada de carinho enquanto seus dedos traçavam círculos delicados sobre minha pele.
Eu sorri, sentindo a conexão profunda entre nós e nossa filha.
— Será que ela vai se parecer mais comigo ou com você?— Espero que seja uma misturinha perfeita — ele respondeu, os olhos brilhando de expectativa. — Mas se ela puxar inteiramente pra você, caralho, vou estar completamente fodido. — Ele soltou uma gargalhada que reverberou pelo quarto, e eu não pude evitar rir junto com ele.
Ele se inclinou e me beijou, afundando a cabeça no meu pescoço, o calor de seu corpo contra o meu, confortando-me. A sensação de segurança que ele trazia era quase palpável.
— Combinei com a mamãe pra irmos lá hoje na hora do almoço — comentei, acariciando seus cabelos enquanto ele permanecia junto a mim. — Vamos passar na Sodiê e levar alguma sobremesa.
— Sim, senhora. — Ele sorriu, seu tom galante me fazendo revirar os olhos de forma brincalhona.
Eu me levantei da cama, sentindo o olhar de Beto me acompanhar enquanto eu andava pelo quarto. Seus olhos estavam cheios de admiração, e um sorriso travesso surgiu em seus lábios.
— Já percebeu que tua bunda aumentou mais ainda? — ele comentou, o tom de voz provocador.
Automaticamente, passei a mão pela minha bunda e me olhei no espelho, arqueando uma sobrancelha.
— Tá me chamando de gorda? — perguntei, fingindo incredulidade.
— Tô te chamando é de gostosa! — ele respondeu, levantando-se rapidamente para me abraçar por trás. Seus braços envolviam minha cintura enquanto ele me olhava pelo espelho, um brilho malicioso nos olhos. — Achei que era impossível, mas você está ainda mais bonita e muito gostosa.
Senti o calor subir ao meu rosto enquanto olhava minha silhueta no espelho. — Achei que minha barriga estaria maior, mas quase não dá pra ver... só com algumas roupas específicas. Parece que eu só engordei um pouco. — Comentei, acariciando minha barriga suavemente. — Minha mãe sempre disse que as mulheres da nossa família não criam muita barriga quando grávidas...
Quando nossos olhares se encontraram pelo espelho, vi o amor evidente no olhar de Beto, o sorriso suave em seus lábios era a prova de seu afeto.
— Só digo uma coisa: você está perfeita, meu amor. — Ele murmurou, beijando meu pescoço de forma possessiva. — Quintana me ligou no quartel parabenizando pelo nosso bebê...
— Ele me perguntou se já sabíamos o que era quando você foi me buscar pra almoçar — contei, lembrando-me da conversa.
— Os teus amigos no quartel já sabem, amor? — ele perguntou, a curiosidade evidente em sua voz.
— Não, somente o Coronel, porque ele tem que ser comunicado... Prefiro manter assim pelo menos até ser praticamente obrigada a usar o uniforme horrendo de gestante. — Revirei os olhos, já antecipando o desconforto de vestir aquele uniforme.
— Ah, amor, para com isso, aposto que vai ficar uma gata. — Ele riu, tentando aliviar meu incômodo.
— Ai, não tem como a mulher ficar bonita com uniforme de gestante... coisa feia. — Fiz uma careta ao lembrar do tecido grosso e do corte pouco lisonjeiro.
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Oceano | Capitão Nascimento - Por Agnes B.
Chick-LitBetina Gouveia, uma médica militar marcada por perdas e desilusões amorosas, se vê envolvida em uma rotina que parece fria e controlada. Até que um encontro inesperado com o enigmático Capitão Roberto Nascimento abala suas estruturas. Em meio ao cao...