O Herdeiro de Obelia

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Algumas semanas haviam passado desde do capítulo anterior. O príncipe Augusto está atualmente dentro de uma enorme e luxuosa carruagem.

Carruagem essa que estava o levando para sua primeira estreia para sua vida social, o seu debute real.

Apesar do debute ser algo importante para os jovens nobres, o príncipe estava calmo.

Ademais, vale ressaltar que o príncipe não estava sozinho dentro daquela carruagem, em sua companhia estava uma jovem moça de cabelos castanhos e olhos verdes.

Essa moça é Maya Judith, irmã mais velha de sua jovem cunhada Penélope Judith.

Apesar de estarem no mesmo veículo, ambos estavam em um silêncio constrangedor, afinal não tinham assunto.

Ma já quebrando o silêncio, Maya começa a falar.

–Vossa alteza é tão bonito como dizem– diz a jovem dama com sorriso tímido, porém com um olhar indolente no rosto.

–Que bom que minha aparência é de seu agrado– responde o jovem príncipe.

–É de grande honra ser sua acompanhante, tenho certeza que hoje será uma ótimo noite para sua alteza– diz a dama.

–Eu espero que sim– responder Augusto, com um olhar inexpressivo no rosto.

–É de grande agrado também, saber que minha irmã mais nova seja comprometida do segundo o príncipe, Anastácios– diz sorrindo.

–Que bom que esse compromisso lhe agrada– fala Augusto.

–Bem! Estou muito contente em saber que meu pai não comprometeu minha irmã com o terceiro príncipe– diz a lady ponto a mão na boca, tapando o seu sorriso.

–Que?– fala o príncipe.

–Seria tão desagradável saber que minha irmã iria ser a comprometida de alguém de origem tão humilde– fala de forma inocente da dama.

"Não tô gostando do rumo desta conversa"

Pensa Augusto já ficando estressado.

–Bem, ouvir falar que vossa alteza, tem tanta compaixão, que cuida do seu irmão desafortunado, eu admiro sua alteza por cuidar de alguém de tão de baixa escalão– diz a dama inocentemente.

"Além de puxa saco, é sem noção"

–Eu agradeço que a senhorita pense assim, pois como uma pessoa que tem tanta "compaixão", irei lhe dar um conselho– fala com um falso sorriso no rosto –É melhor vossa senhoria comecei a se calar, antes que um misterioso passarinho arranque sua língua fora!

Ao falar isso, um silêncio pesado invadiu o ambiente que estava o príncipe e a dama.

–Perdão?– diz com surpresa a moça.

–Sabe, é que meu querido pai um dia disse a mim que alguns estanhos passarinhos apareciam e cortavam a língua dos arrogantes, achei que seria perigoso não avisar a senhorita sobre tal coisa– fala o príncipe ainda com um sorriso falso no rosto.

Por causa da surpresa, a lady Maya continuou em silêncio.

–Então, tome cuidado milady, as vezes, dependendo do tamanho da arrogância, esses passarinhos aparecem e não só levam a língua, mais também a mãos, as pernas e em casos mais extremos, a cabeça! Então, por favor, se puder, avise a todos ao seus parentes e amigos sobre tais perigos, certo?– fala sorrindo.

–C-Certo, p-perdão– gagueja assustada a dama, a qual pálida com as ameaças do jovem.

Graças a tais palavra, ficou um silêncio constrangedor em toda carruagem e o caminho parece ficou mais longo e desconfortável