Capítulo 45

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⚠️ ALERTA DE GATILHO
cenas de abuso sexual⚠️

Acordei em um lugar escuro e sujo, olhei em volta e única coisa que tinha era um colchão sujo jogado no chão no qual era o que eu estava deitada, entrei em desespero e logo eu estava chorando e gritando, havia uma escada média que levava até a saída, subi a mesma e tentei abrir a porta, estava trancada.

Estava tentando me recordar do que havia acontecido, eu não me lembrava de como eu tinha parado ali, o que aconteceu.

Eu me lembrava de curtos flashbacks, mas logo apagava novamente.

Enquanto minha visão começava a turvar, flashes de consciência vinham e iam, deixando-me confusa e desorientada. Lembro-me de Aaron me carregar até seu carro; seus braços ao redor de mim eram firmes, mas tudo ao meu redor estava girando. Senti minha cabeça tombar contra seu ombro, e as luzes neon da festa se apagaram à medida que eu perdia os sentidos.

Despertei por um momento no banco de trás do carro. A estrada era escura, com árvores enormes margeando ambos os lados, criando uma espécie de túnel sombrio. As luzes dos faróis cortavam a escuridão, mas minha visão estava embaraçada. Sentia-me péssima, como se tudo estivesse fora de lugar. Meu corpo estava mole, eu não conseguia me mexer. Uma náusea forte tomou conta de mim, e não consegui segurar. A última coisa que vi antes de apagar novamente foi Aaron gritando comigo, sua voz cheia de frustração e raiva. Eu tinha vomitado no carro, sujando tanto a minha roupa quanto o estofamento do banco de trás. A imagem dele gesticulando, furioso, era confusa, e as palavras dele se misturavam em minha mente.

Acordei mais uma vez, mas tudo ainda estava nebuloso. Lembro-me de olhar para minhas mãos trêmulas, sujas, e sentindo um gosto horrível na boca. A voz de Aaron, ainda irritada, cortava o silêncio da estrada deserta. Eu queria falar, explicar o que estava sentindo, mas parecia que minha boca não obedecia. A sensação de impotência me dominava, como se estivesse presa em um pesadelo do qual não conseguia acordar.

Enquanto o carro seguia por aquela estrada sombria, coberta por árvores, tudo parecia se mover em câmera lenta. A dor de cabeça e a confusão mental faziam cada segundo parecer interminável. Eu queria desesperadamente entender o que estava acontecendo, mas minha mente estava nublada, e eu não conseguia juntar os pensamentos.

A última coisa que lembro antes de tudo escurecer de novo foi a voz de Aaron, agora mais calma, mas ainda carregada de uma tensão que eu não conseguia identificar completamente. Não sabia o que ele havia colocado na minha bebida, mas o efeito era devastador, deixando-me perdida em uma névoa de confusão e mal-estar.

Avistei duas janelas, fui até elas e tentei abri-las, mas sem sucesso nenhum, bati contra elas algo que fosse duro o suficiente para tentar acabar com aquele monte de madeiras com prego que impedia a janela de ser aberta sem sucesso, sem contar que meus braços já estavam cansados.

Minhas mãos tremiam, e minha respiração estava rápida e irregular.

Ouvi passos se aproximando da porta e corri para um canto na parede o mais longe possível da porta, envolvi meus joelhos com um abraço com medo.

Meus olhos, ajustados à escuridão, não conseguiam ver nada além do vazio absoluto.

De repente, a porta se abriu com um rangido alto, e uma luz forte invadiu o espaço. Meus olhos, sensíveis após tanto tempo no escuro, foram atingidos pela luz intensa, me fazendo cerrar as pálpebras em uma tentativa de me proteger. A dor era aguda, e eu pisquei repetidamente, tentando me ajustar. Minha visão estava embaçada e turva, e eu não conseguia identificar claramente quem estava na entrada.

Dois homens entraram, suas silhuetas altas e indistintas contra a luz ofuscante. Meu coração acelerou, e eu me encolhi ainda mais, tentando me tornar invisível. Tudo o que eu conseguia perceber eram sombras e formas vagas, seus rostos indistinguíveis para mim. O medo pulsava dentro de mim, intensificado pela situação desconhecida e a falta de controle.

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