Capítulo Vinte e seis

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Mallory

Eu inclino-me sobre o lado do carro de Deuce quando ele me beija profundamente.

— Vou ficar trinta minutos, — me diz quando puxa a boca da minha.

Faz parecer como se trinta minutos fosse o tempo
de uma vida. Estou surpresa que ele concordou
em deixar-me ficar sozinha por essa quantidade
de tempo. Sei que está hesitante. Assegurei-lhe
que nunca iria embora de novo, mas acho que vai demorar um pouco para ele esquecer o que sentiu quando não podia me encontrar.

— Vou ficar bem, — o tranquilizo, segurando o meu novo telefone fantástico que ele me deu.

Ainda tenho que aprender os meandros dessa coisa. Meu último foi destruído quando Carter viu os textos que o namorado da minha mãe estava me enviando. Teve uma morte oportuna quando se rachou em sua mão antes que de ter sido jogado contra a parede. A coisa praticamente explodiu no contato. Era uma coisa impressionante. Agora entendo porque ele é o quarterback estrela. Não só pode jogar, mas o seu objetivo é ser o melhor.

Ainda não me disse o que eram as mensagens. Pelo olhar em seu rosto, não tenho certeza se realmente quero saber. Tenho um eu vou lidar com isso dele. Quando tentei perguntar o que quis dizer com isso, só se repetiu. O deixo saber que não quero que faça nada estúpido ou qualquer coisa que possa colocá-lo em apuros. Essas pessoas não valem a pena.

Não tenho certeza como Carter o arranjou, mas ele tinha um novo telefone para mim imediatamente. É como se saísse do ar. É provavelmente a peça mais extravagante de tecnologia que já tive. Estava prestes a lembrá-lo que o namorado da minha mãe não valia a pena e então decidi que Carter pode tomar suas próprias decisões. Vou deixá-lo lidar com a situação como lhe condizer.

Talvez não deveria fazê-lo, mas sabe bem sentir que finalmente tenho alguém que me compreende. Por muito tempo, só podia depender de mim e agora que Carter está aqui, não sinto mais isso. Já não preciso me preocupar com alguém me ferindo, porque sei que ele nunca vai deixar que isso aconteça.

Sei que Carter sente as palavras que diz. Acredito nele. Sei que vai resolver. Aly me deu o mesmo conselho. Deixe Carter fazer a sua coisa contando que eu confiasse nele e eu confio.

— Por que não espera lá dentro? — Faz um gesto em direção à escola.

Está realmente muito bom hoje. O sol está brilhando e o frio abrandou um pouco. Posso ter o ar fresco. Carter não me deixou tê- lo durante o fim de semana. Não que estava implorando por algum. Tive que me arrastar para fora da cama esta manhã, para começar. A única coisa que realmente me moveu foi não querer perder meu chuveiro de manhã com Carter.

— É bom aqui fora e quero desfrutar do ar fresco. Estou aqui fora. Não vou a lugar nenhum, Carter, — digo, lembrando-lhe que não tem nada para se preocupar. — Se apresse. Estarei aqui quando tiver acabado. Quanto mais rápido chegar lá, mais rápido podemos ir para casa. — Sorrio e pisco para ele.

Isso parece acalmá-lo. Se inclina e me dá um último beijo antes de começar a caminhar para dentro
do prédio escolar. Assisto seu bom rabo até o fechamento da porta e não consigo vê-lo mais. Ele tem uma reunião rápida com o seu treinador. Há tantas faculdades atrás dele pelo que me disse. O treinador queria sentar-se com ele e falar sobre todos os detalhes.

— Seu homem está com o treinador também? — Pergunta Aly.

Viro-me para vê-la andando na minha direção. O sorriso formando- se em meus lábios. É tão bom ter uma melhor amiga. Alguém com quem compartilhar coisas.

— Sim. O seu também, certo?

Owen tem que estar. As aulas acabaram e ele está geralmente ligado a Aly. Não há muitas coisas que o façam deixá-la, pelo que tenho visto e Carter me disse. Uma reunião com o treinador seria uma das poucas exceções.

— Sim. — Caminha até mim. — Adoro ver você se inclinando contra o carro de Carter. A maioria não passa sequer por ele.

Eu ri, segurando as chaves.

— Podemos levá-lo para dar uma volta, se quiser.

Ele me deu as chaves em caso de ter frio e querer esperar dentro do carro.

— Poderia ir para um milkshake antes do clube de costura. — Veste um sorriso malicioso.

— Clube de costura? — Ri. — Isso é uma coisa?

— Sim. Owen vai comigo.

Isso me faz rir ainda mais difícil. Não estou chocada, mesmo remotamente, que ele tenha se inscrito naquele clube para estar com ela, tanto quanto possível.

— Aquele homem fará qualquer coisa para estar perto de você, não é?

Nós duas subimos no carro de Carter. Fivelamos nossos cintos de segurança, pressiono o freio e aperto o botão para ligar o carro. O motor ruge para a vida, dando-me um gosto do poder que detém. Minhas mãos ficam um pouco suadas com entusiasmo. Nunca dirigi algo tão extravagante antes.

— Tem certeza que Carter vai estar bem com você dirigindo seu carro?

Encolho os ombros, coloco o carro na unidade e dou-lhe gás. Acho que vai estar mais chateado por ter saído sem lhe dizer nada. Não é como se não fosse saber onde estou. O vi passar rapidamente sobre os locais de compartilhamento em nossos telefones.

— Como acha que Owen vai reagir quando souber que saímos?

Essa é a verdadeira questão. Quando se trata do carro de Carter, posso sair com qualquer coisa. Os olhos de Aly viram para mim e piso no acelerador um pouco mais forte.

— Isso foi o que pensei. Estaremos de volta antes que sequer saibam que estejamos faltando. — Aly acena com a cabeça, quando nos dirigimos para nossos milkshakes.

Conduzir o carro é como um sonho. Posso ver o seu apelo. É elegante, suave e poderoso, imitando os atributos de seu dono. Posso ver porque Carter é tão tenso sobre como cuidar dele. Nunca vou admitir isso para ele, porque é divertido dar-lhe um tempo duro sobre seu carro precioso.

A emoção rapidamente morre quando vejo as luzes vermelhas e azuis atrás de nós. Meu estômago cai. Não há ninguém aqui para me proteger neste momento. Posso até ver o pânico no rosto de Aly. Encosto sabendo que não tenho outra escolha.

Engulo essa protuberância que se forma em minha garganta sabendo que estou prestes a perder tudo.

Deuces selvagens ( 2 livro da série FU High )Onde histórias criam vida. Descubra agora