Capítulo Onze

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Carter

— É Carter Franklin? — Ouço alguém gritar.

— De jeito nenhum. O Carter Franklin não vem à loja comprar. É muito normal. Ele tem pessoas que vão a sua casa com resmas de roupas e ele escolhe o que quer de lá .

— Seriamente?

— Isso é o que eu ouvi.

Rolo minha cabeça para um lado e depois o outro. O estalar do meu pescoço fará elas se calarem.

— Oh, Carter, é você, — diz uma das garotas.

Parece vagamente familiar. Poderia tê-la visto em uma classe ou um dos meus companheiros de equipe poderia ter pego depois de um jogo. Isso acontece.

— Sou Bea Simpson.

Olho para cima para a morena e tento lembrar. Todas as meninas da minha escola parecem praticamente as mesmas. Ou têm o cabelo reto ou cachos com gel, mas é uniforme em comprimento e
quase todas têm um copo de Starbucks colado em suas mãos. Não que os caras sejam muito diferentes com seu equipamento de tênis, jeans e T-shirt Untucked.

— Ele não a conhece, — diz a segunda, empurrando sua amiga para o lado. — Bea e eu estávamos em sua classe de estatísticas do último semestre.

— Ok. — Não sei por que estão falando para mim.

A maioria das pessoas na escola sabem melhor.
Rolo meu pescoço novamente e percebo o que está levando a Waif tanto tempo. Acho que não deveria chamá-la assim. Me deu o seu nome verdadeiro Mallory Simmons e sua data de nascimento setembro, e seu número da Segurança Social, mas sempre vai ser a Waif. A encontrei no banco de trás do meu Maserati.

— Há um rumor que você estará fazendo uma festa neste fim de semana.

— Ahh, bem... — Se eu mentir, significará que ninguém venha? Não prometi a Brad que ia dar uma grande festa ou que iria divulgá- la.

— Ele vai. Vocês deveriam vir.

Meus olhos viram imediatamente para a sala do provador, onde Waif está de pé em uma das novas roupas que escolheu. As calças têm uma espécie de plissado em torno de sua cintura e a parte superior é cortada, mostrando uma faixa de pele. Gosto disso.

— Vamos levá-los, — digo a funcionária que está pairando sobre o meu ombro.

— Há duas cores diferentes.

— Ótimo.

— Existem alguns outros itens nessa coleção. Também recomendo estes sapatos.

— Coloque no cartão, também.

— Espere um segundo, — protesta Waif.

A funcionária faz uma pausa, mas eu aceno. Sai correndo para cobrar tudo, antes que Waif possa mudar minha mente.Com uma carranca, Waif observa a conta.

— Não tenho uma opinião?

— Depende se tem mau gosto. Pessoas com mau gosto não dão opiniões sobre roupas.

— Como é que tenho mau gosto? Talvez você seja o único com mau gosto , — acusa.

Seus braços voam para fora e aproveito a oportunidade para admirar seu corpo sexy, que é todo macio, curvas redondas, quadris que posso cavar meus dedos e peitos duros o suficiente para equilibrar um copo. Posso definitivamente imaginar deslizando meu pau entre esses dois globos. O sangue começa reunindo no meu jeans, então forço aquela imagem da minha cabeça.

— Gosta dessa roupa?

Ela faz uma careta, claramente não querendo concordar comigo sobre qualquer coisa.

— Talvez.

— Então talvez você tenha bom gosto.

— É essa... sua... prima? — Pergunta a morena.

Me esqueci dela. Na verdade, esqueci que Waif e eu não estavamos sozinhos nesta loja.

— Não, — digo.

— Sim, — waif diz ao mesmo tempo. Minhas sobrancelhas se unem.

— Sim? — Acabou de dizer que éramos primos minhas colegas?

— Sou Mallory, — Waif anuncia antes que possa interpor, passeando até as meninas com a mão para fora. — Acabei de me mudar para a cidade para ficar com o Tio... — Atira um olhar exigente para mim, silenciosamente me pedindo para fornecer o nome do meu pai.

— Teddy, — Forneci relutantemente, não tendo certeza de onde Waif está indo com isso.

Seu sorriso triunfante envia um calafrio na espinha. É como se estivesse lentamente percebendo seu poder sobre mim. Isso é assustador e ainda, de alguma forma muito sexy. Meu pau contrai feliz. A fim de não me envergonhar, mudo o meu olhar para o chão e começo a contar os mosaicos.

— Certo. Tio Teddy. De qualquer forma, minha mãe ficou doente, então tinha que vir e ficar com o tio Teddy e Deuce, mas Deuce aqui diz que meu guarda-roupa não presta e por isso aqui estamos. — Ouço sons dela irritada, como se eu fosse o problema.

— Deuce? — Ecoam.

— Espere, — diz a morena. Realmente devia decorar seus nomes. — Você chama Carter por um apelido? Isso não é permitido.

— E ele faz compras.

Mesmo com a minha cabeça para baixo, posso sentir os três pares de olhos no meu crânio.

— Ele é meu primo pelo que realmente não pode me dizer o que posso e não posso chamá-lo, — declara Waif.

Isso não vai acabar bem. Quando começar arranhando-a no meio do corredor, empurrando a saia para cima e chupando seu pescoço durante o intervalo, nossos colegas vão realmente ter perguntas.

— Uau. Realmente deve ser parente porque não posso ver Carter permitindo qualquer outra pessoa a dizer coisas assim. Ele é meio... difícil.

— Quer dizer, é um idiota, — diz Waif. — Eu sei, mas não se preocupe. Estou aqui para cortar as asas dele pela metade.

Ouço as meninas trocarem olhares como se tivessem cinco anos. Que pesadelo isto está se tornando.

— Sou Bea Simpson e esta é Emma Williams. Somos duas finalistas.

— Legal. Está vindo para a festa na sexta-feira, certo?

Mais uma vez, sinto seus olhos em mim, esperando eu negar que existe tal coisa. Mantenho minha cabeça para baixo porque não quero esta festa, mas se disser isso, suspeito que Waif vai convidar todos neste maldito shopping apenas para me irritar.

— Absolutamente. Não poderia nos manter longe — responde Bea. — Me sinto como se estivesse indo para ser uma boa influência sobre Carter espera, o que você o chama?

— Deuce.

Me levanto e intervenho, porque não posso ter toda a escola a me chamar por esse apelido estúpido.

— É Carter, a menos que tenha o mesmo sobrenome que eu, não está me chamando de qualquer outra coisa.

— Não tenho o mesmo sobrenome que você, — reclama Waif.

— Ainda não, — murmuro.

Deuces selvagens ( 2 livro da série FU High )Onde histórias criam vida. Descubra agora