Capítulo Vinte e dois

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Mallory

Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto ando para mais longe de Carter e fora de sua vida. Sei que estou fazendo a coisa certa para ele, mas a dor que já se formou no meu peito não pára. Me mantenho em movimento, obrigando-me a ir para a frente e não me virar.

Sabendo que o estou protegendo do meu passado que está batendo na minha porta.Levanto o
meu saco mais alto no meu ombro e continuo caminhando em direção à estação de ônibus. Sabia que tinha de voltar para o meu lado da cidade quando saí da casa de Carter.

Não poderia correr o risco de alguém me ver entrar em um ônibus e lhe dizer de volta. Prefiro arriscar vendo minha mãe ou seu nojento homem do mês, Ricky, do que deixar Carter ser puxado para essa confusão mais do que já está. Tem feito muito por mim em tão pouco tempo. Me protegeu e vou fazer o mesmo por ele. Ninguém nunca fez isso para mim.

A solidão se instala quando chego à parada de onibus e percebo que não tenho nenhum lugar para onde ir. Não tenho ninguém a quem recorrer. De alguma forma me sinto pior do que da primeira vez.
Quando saí da minha mãe, sabia que tinha que o fazer e que ela realmente não se importava comigo de qualquer maneira. Ela era muito egoísta para cuidar de qualquer outra pessoa.

Deixar Carter é uma história diferente. Deixar alguém que ama é algo que estou percebendo que não estou preparada para fazer. Nunca tive ninguém que cuidasse de mim como Carter fez. Mesmo que possa ser um pé no saco às vezes. Lembrando
todas as brincadeiras sarcásticas que nós dois compartilhámos, traz um sorriso ao meu rosto.

Chego à estação de ônibus e abro as portas para entrar. O lugar é triste com pessoas de todas as esferas da vida esperando para ir a algum lugar. Ando até o balcão.

— O sistema está em baixo, — a senhora dos ingressos me informa antes que possa dizer qualquer coisa.

— Quanto tempo acha que vai ficar? — Pergunto e me arrependo imediatamente quando vejo o olhar de aborrecimento no rosto da senhora.

— Não há nada que possa fazer. O sistema está em baixo. Está em baixo em todo o Estado. Não sei o que está acontecendo e não sei quando vai voltar. Mais alguma pergunta?

Balancei minha cabeça.Em seguida, tomo um banco e espero como todo mundo.Estou prestes a dizer algo arrogante, mas me paro quando vejo o olhar no seu rosto. Tenho certeza de que todas as pessoas nesta sala lhe devem ter feito as mesmas perguntas. Aposto que a maioria deles à têm cercado e insistido sobre como precisam chegar a algum lugar, pensando que iriam obter um resultado diferente.

Então levanto minha mala e avanço para um assento livre.Coloquei o meu saco no meu colo, envolvendo a minha mão em torno dele para que possa fechar os olhos por um momento. Exaustão está começando a assumir. O alto da excitação da festa e todos de pé para mim finalmente me esgotou. A depressão agora caiu sobre mim, me fazendo ciente do fato de que estou perdendo tudo. É tudo tão esmagador e estou tendo dificuldade em processá- lo. Não tenho certeza se adormeço ou não, mas estou sendo sacudida para acordar.

— Le-van-te-se — Meus olhos se abrem para ver um muito chateado Carter. Sento-me lá em estado de choque. — Eu disse. Le- van-te-se — repete.

Meu olhos se enchem de água e algumas lágrimas caem, me fazendo perder toda a minha bravura. O rosto de Carter muda completamente quando cai no chão sujo de joelhos diante de mim no banco, trazendo-nos ao nível dos olhos.

— Beije- me. — Emite outra demanda, mas esta é suave e suplicante.

Desisto, me inclino para a frente, fazendo com que nossas bocas se encontrem. Saboreio o beijo que nunca pensei que teria novamente.

— Você me assustou como uma merda. — Não sei como ele faz suas palavras soarem com tanto carinho e raiva, mas consegue. — Você não pode simplesmente sair assim.

— Sinto muito. — Realmente estou. Não tinha ideia de que seria a coisa certa a fazer. — Não o quero na minha bagunça. Não posso deixá-lo ficar em apuros pelas coisas que fiz.

— Isso é o que não está recebendo, Mallory. — Estou um pouco surpresa por usar o meu nome. — Quero todas as suas confusões.

Me inclino para a frente, usando sua camisa para limpar o meu nariz.

— Deveria bater em seu traseiro por isso, — diz, através do riso. — Agora olhe para mim.

Deus, meu Deuce realmente faz emissão de ordens de amor e não sei por que parecem me excitar, mas fazem. Obedeço a esta. Posso sentir em seu tom que tem algo que realmente quer que ouça.

— Percebo que fuja quando está com medo. É um hábito que aprendeu. Não precisa mais fazer isso, mas entendo. Sei que isso vai levar um tempo, para você perceber isso que, quando se refere a mim. Muitas pessoas que a deveriam ter amado foderam tudo com você.

Ele levanta-se, limpando uma das lágrimas do meu rosto. Em seguida, beijando o local. Este lado doce de Carter vai ser minha ruína. Não sei quanto mais posso tomar sem irromper em lágrimas. Ele veio para mim. Não ficaria surpresa se ele for o motivo pelo qual o sistema de ônibus está em baixa. Ele continua. Como se estivesse tentando me fazer apaixonar por ele. Eu já estou.

— Sempre vou te proteger. Dito isto, abri o cofre no meu armário todos os dias certificando-me de que estava a ver-me fazê- lo. Se sentir a necessidade de fugir, precisa me prometer que sempre terá o que precisa. Deveria ter esvaziado meu cofre. Deveria ter tomado o meu carro. Pode não ser certo, mas comigo, quero que se coloque sempre em primeiro lugar. Se há algo que precisa que pode tirar de mim, você nem hesita, porque nunca vou hesitar em lhe dar. Não precisa pedir permissão. É seu.

Ele toma uma respiração profunda. Enxuga as lágrimas de debaixo dos meus olhos com seus polegares enquanto abaixa os lábios em um sussurro de meus.

— Eu sou seu, — diz enquanto sua boca leva a minha.

Deuces selvagens ( 2 livro da série FU High )Onde histórias criam vida. Descubra agora