Elizabeth era alma de fogo, John coração de ferro. Ambos tão diferentes, mundos diferentes, mas compartilhavam de perdas recentes, cada um com seus problemas pessoais.
Um acaso do destino os pôs frente a frente mas as primeiras impressões não foram...
Olá, história fresquinha do Keanu Reeves pois amo este homem de paixão! E claro, contando com a ilustre Lana Del Rey, minha diva, amo muito. Uma coisa mais leve e descontraída, espero que gostem. ❤️ Boa leitura!
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Quando lhe disseram que sua mãe havia herdado uma pequena porção de terra, logo pensou num pequeno terreno mas aquilo era muito, muito maior. A vista era quase perdida em verde-claro, havia relevos e alguma espécie de planta crescia naquele espaço.
— É muita coisa, Daniel! Me falaram em hectares e alqueires — disse virando-se pro amigo e fitou-o sorrindo — E você sabe, não entendo nada sobre isso, nem sei quantos metros tem um quilômetro direito.
— Um quilômetro tem mil metros.
— Sério?
— Sério.
Lizzy virou os olhos e voltou-se pra aquele mato extenso.
— Tem coisa plantada aí — falou apontando — O que será que é?
Daniel deu de ombros e soltou a fumaça do cigarro mentolado. Achava tudo aquilo um pouco cansativo, viajar pro meio do nada pra mendigar por umas terras? Elizabeth estava doida, contudo, a amiga necessitava de apoio moral e isso ele lhe daria.
— O problema não é o quê e sim quem plantou – comentou o amigo dando uma piscadela.
Ela assentiu pensativa, os dedos batendo no queixo.
— Talvez tenham tomado as terras? Como se diz? Invasão?
— Acho que não. O seu tio deve ter plantado aí, está usando as terras que são da sua mãezinha — dito isso fez o sinal da cruz pela falecida mãe da amiga.
— Meu tio está morto... Ele não poderia fazer isso.
Daniel rolou os olhos, Lizzy conseguia ser bem irritante às vezes.
— Alguém está tocando a fazenda, os negócios e é um Scavana... Ele assina Scavana nos papéis. Senhor Scavana. Sabia de algum filho? Um sobrinho distante? Alguma coisa assim?
Elizabeth começou a andar, equilibrando-se na terra com sua bota de salto largo, tomando cuidado para não torcer o pé.
— O tio não tinha nenhum filho, era solteirão convicto... Mas vai saber, né? Pode ser um sobrinho distante mesmo ou sei lá. Nem pensei muito sobre isso. Só quero poder conversar com esse tal de senhor Scavana – proferiu num tom jocoso – Tentar resolver esse problema de maneira pacífica, pois não tenho um mísero centavo pra lutar por essas terras.
Daniel andava do lado dela, tragando o cigarro até o final, quase no filtro, carregava uma feição de cansaço.
– Na verdade, você veio aqui pra ganhar dinheiro, não perder, certo?
– Ainda bem que você conhece a amiga pobretona que tem. Mas não vou me humilhar por nada, entendeu? Bom... Talvez um pouco, mas depende – por fim abanou as mãos em frente ao rosto afastando pensamentos negativos – Amanhã vejo isso, quando estiver de frente com esse homem.
