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Andrea narrando.

Depois de sentir aquela tontura eu ouve um grito. E tinha vindo da sala da minha mãe.

Aconteceu alguma coisa.
Ando rapidamente até a sala com o coração acelerado, eu não sei porquê mas eu tinha um mal pressentimento.
Chego e paro na porta e ouço alguém chorando, dou uns passos para frente e vejo a minha mãe no colo da Anika, elas estavam no chão e a minha mãe não abria os olhos e anika chorava muito.
Coloco a mão na boca vendo essa cena. E as lágrimas já desciam e eu grito uma "NÃO" e o tal de Denzel olha para mim e eu vou até ele.

Eu: O que vocês fizeram com a minha mãe.- falo chorando e segurando a gola da sua camisa.- O que fizeram com ela.

Denzel: Nós não fizemos nada, encontramos a sua mãe assim.- ele estava com o rosto molhado e o seus olhos estavam um pouco inchado.

Eu: Mentira, vocês fizeram algo com ela, me fala.- falo olhando bem no fundo dos seus olhos e eu vejo um vazio misturado com a tristeza. Ele não está mentindo ou está? Largo a camisa dele e olho no chão. Só aí me dou conta que a culpada sou eu, somente eu, eu fiz a minha mãe morrer. Eu sou a culpada.

Sem mais forças caio de joelhos no chão e começo a chorar desesperadamente, pego o frasco de comprimidos que estava no chão e começo a lembrar de tudo que aconteceu aqui nessa sala.

Quando eu falei sobre o meu pai, ela segurava no peito. Ela não estava bem, foi minha culpa, a culpa é toda minha.

Eu: Mamãe me perdoe porfavor.- Só se ouvia os meus choros com os soluços da Anika que continuava abraçada com o corpo da minha mãe, e o Denzel estava sentado na poltrona do escritório olhando para o nada com os olhos vermelhos.

Quebra de tempo.

Denzel narrando

Um tempo depois, o salão foi evacuado pela polícia militar, os peritos criminais já estavam no escritório, o médico legista e a equipe médica também estavam no local.
Essa toda cena me fez lembrar da minha irmã, o dia que ela morreu. Meu Deus eu não acredito que a senhora Evelyn morreu.

A Anika e a Andrea foram sedadas.
A Anika não largava o corpo e a Andrea na parava de gritar e implorar perdão.
Agora eu estou com a Anika, a Sofia e a Sara no carro. Elas não estão nada bem e a Anika está no banco de trás apoiada no ombro da Sofia e a Sara está do lado da Anika.

As duas choravam em silêncio abraçando a Anika enquanto dormia por causa do sedativo.

Sofia: Ela não merce esse todo sofrimento.- fala quebrando o silêncio.

Sara: Como isso aconteceu?- fala chorando.

Eu: Acho que foi um infarto. Eu não sei direito, só saberemos com a autópsia da polícia.

E o silêncio voltou a reinar.

Estacionei o carro e as meninas desceram e eu peguei a Anika no colo e pedi para a Sofia abrir a porta da minha casa.
Entramos e as luzes estavam apagadas. A Sofia liga as lâmpadas e eu subo as escadas para levar a Anika no quarto de hóspedes e as meninas me seguem.

Pouso a Anika na cama e a Cíntia aparece atrás das meninas

Cíntia: Oi meus amores.- fala entrando no quarto com uma tristeza no rosto.- Como vocês estão minhas lindas meninas.- fala abraçando as duas.- A Cíntia é muito amável, ainda mas com pessoas conhecidas, bem elas não conhecem a Cíntia mas a Cíntia às conhece.

Sofia: Mais ou menos senhora.- fala sentando na cama.- Só estamos mais preocupadas com a anika.- Fala apontando para a Anika que dormia.- A pessoa que faleceu era muito  importante para ela. Como uma mãe.

Cíntia: Eu sinto muito meus amores. Meus verdadeiros sentimentos.- fala segurando as suas mãos.

Sara: Obrigada senhora.

Cíntia: Cíntia. Podem me chamar de Cíntia.

Sofia: Está bem Cíntia.

Cíntia: Agora eu vou buscar algumas roupas no meu guarda roupa para vocês vestirem. Talvez vos sirva.

Sara: Está bem Cíntia.- Depois da fala da sara, a Cíntia sai do quarto e eu saio também às deixando no quarto com a Anika e com a recomendação de que se  Anika acordasse era para elas me chamarem.

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