Um amor Inexplicável

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Andrea narrando

Olho para a casa à minha frente com um sorriso nos lábios. É uma construção humilde, com um pequeno portão de madeira branca cercado por grades da mesma cor. Ao entrar, vejo um belo e simples jardim, com flores bem cuidadas. Subo alguns degraus até o pórtico da casa, toco a campainha e logo sou atendida por uma senhora de meia-idade.

Eu: Olá, senhora Marie. Como vai?- digo, estendendo a mão para cumprimentá-la.

Marie: Olá, Andrea, quanto tempo, querida! -diz, retribuindo o cumprimento. -Entre, não fique na porta. -Ela abre espaço para eu entrar.

Eu: Obrigada, senhora Marie. - Entro, e ela fecha a porta atrás de mim. A casa é pequena e simples, mas muito bonita. - A senhora tem bom gosto.

Marie: Obrigada, querida. Sente-se.- Diz, apontando para o sofá branco na sala. Caminho até ele e me sento.- Quer uma xícara de café, um copo de água ou de suco.

Eu: Não, Marie, o assunto que  vim tratar com a senhora não vai demorar muito.

Marie: Eu soube da morte da sua mãe. Me desculpe por não ter ido.- diz, sentando-se em uma poltrona.

Eu: Quê isso, Marie, não faz mal, não faz falta.- digo acomodando-me mais no sofá.- Bom, eu vou direto ao ponto. Eu vim aqui por causa da Anika.- Assim que falo o nome,o rosto dela muda completamente. Não é surpresa para ninguém que a Marie não gosta da anika.- Afinal, ela é sua neta e eu quero saber por quê  a senhora a deixou sozinha.

Marie: ela não ficou sozinha. Muito pelo contrário, ficou com uma família rica.... a sua.

Andrea: Jura, Marie? Eu não sabia que a minha família é tão rica.- digo, revirando os olhos.

Marie: Você é igualzinha a sua mãe.

Andrea: Claro, eu sou filha dela, e um dos filhos tinha que herdar algo  dela. Seja na aparência ou na lábia, Marie.

Marie: O que quer saber?

Andrea: É disso que eu gosto!- afirmo, sorrindo.- Por que abandonou a sua neta?- Antes que ela podesse responder, eu a corto.- Não pode dizer que foi pelo dinheiro ou alguma outra desculpa sem sentido, porque eu sei que não é isso. Tem algo maior por trás disso tudo.

Marie: E o que eu ganho se contar?- Não consigo conter a risada.

Eu: Marie, Marie......você não é uma velha comum, não.- digo abanado a cabeça.- Quanto você quer?

♣️

O

fato de eu estar sentada de frente a ela me dá uma raiva. Sempre foi ela, é sempre ela, e isso vai acabar. Pensei que ia cansar quando minha mãe morreu, mas não, ela está sempre aqui, sempre, e eu não entendo o por que minha mãe deixou a posse da empresa para ela. Isso é um absurdo.

Eu: Os senhores podem ir direto ao assunto, Porfavor.

Estamos reunidos porque os detetives querem falar algo sobre a morte da minha mãe. Não entendo por que querem tocar nesse assunto, se todo mundo sabe que ela morreu de uma parada cardíaca.

Detetive: Estamos aqui para falar sabre a morte da senhora Evelyn. Como vocês sabem, ela morreu de uma parada cardíaca.

Nana: Sim, sabemos disso.

Detetive: Mas...  A notícia que vou dar  agora será dolorosa e não será fácil de ouvir.

Anika: Porfavor, senhor detetive diga, logo.

Detetive: Com base nos depoimentos da senhora Andrea, da senhora Anika e do senhor Denzel decidimos fazer uma autópsia. Normalmente, quando a morte é natural, a autópsia não é necessária, a menos que a família solicite.
Porém, quando estamos tratando de uma morte criminal, ele se torna indispensável.

Valério: Então, o senhor está dizendo que a morte da senhora Evelyn foi proposital?

Detetive: Isso mesmo, senhor. Com base na autópsia,  encontramos uma substância chamada Bumetanida no sangue da senhora Evelyn.

Anika: Ela era alérgica a esse medicamento.- Diz, segurando a mão de Denzel.- Meu Deus do céu, não pode ser.- lágrimas caem do seus olhos, e admito que nos meus também.

Detetive: Infelizmente, a senhora Evelyn foi assassinada.

Andrea: Não, não pode ser.- eu não consigo imaginar uma coisa dessas; quem faria isso com minha mãe?

Detetive: Já estamos investigando o caso. Estamos analisando as câmeras de segurança da empresa e gostaríamos que vocês colaborassem conosco.

Tomás: Com toda a certeza, senhor. Estamos aqui para ajudar e não vamos descansar até encontrarmos o assassino.