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Martin narrando

Abro os olhos com dificuldade por causa da claridade que entra pela janela. Sento na cama e olho ao redor.  Esse quarto não é meu, essa cama não é minha, nada aqui é meu, exceto as roupas dobradas sobre a poltrona.

Saio da cama às pressas e visto as roupas, me lembrando do que aconteceu ontem. Eu bebi demais, bebemos demais e acabamos nesta situação.

Sara: Bom dia, dorminhoco.- Diz ela, entrando no quarto com uma bandeja na mão, vestindo uma camisola que vai até a metade da sua coxa, com um sorriso de orelha a orelha.

Eu: Bom dia sara.- Digo, enquanto coloco o cinto.

Sara: Já vai? Eu trouxe café da manhã.- Diz, se aproximando de mim, mas eu me afasto.

Eu: preciso ir.- digo, colocando o celular no bolso.-  Me desculpe, talvez numa próxima vez.

Sara: Você se arrependeu do que aconteceu ontem?- Diz, apertando as mãos em punhos ao lado do  corpo. Seus olhos estavam marejados.

Eu: Não me arrependi, é só que.... Eu realmente preciso ir.

Sara: Então aconteceu alguma coisa?- sua voz sai entrecortada .

Eu: Não aconteceu nada, eu só preciso ir.

Sara: Está bem, a porta é a serventia da casa, e você sabe o caminho.- Diz, caminhando até o banheiro e fechando a porta.

Eu não queria magoá-la,mas eu não posso ficar aqui nem mais um minuto. Isso está me confundido.
As lembranças de ontem me atingem com força, e eu gostei, gostei muito. Mas eu não devia ter dito aquilo, talvez tenha sido no calor do momento.

Fecho a porta atrás de mim, e saio do prédio rapidamente.
Entro no carro, coloco o sinto, e olho pra frente.

Martin: Idiota, idiota, idiota, idiota, idiota, idiota.- repito, batendo com força no volante. Eu a fiz chorar. Sou um idiota.

                               🍃

Chego em casa e sou recebido pelo abraço da minha mãe, que, aposto, estava preocupada.

Não quero ir para minha casa, não tenho vontade.

Mamãe: Meu filho, onde você estava? Eu fiquei muito preocupada.- diz, saindo dos meus braços.

Eu: estou bem mamãe.

Mamãe: Não, você não está bem, meu filho.

Eu: Eu estou bem, não te preocupes.

Mamãe: Venha cá.- fala, me puxando para o sofá.- o que aconteceu, filho?

Eu: Fiz uma grande borrada.

Mamãe: Do que está falando?

Eu: Dormi com a sara, a amiga da Anika. Fomos para uma balada, bebemos muito e, depois, fomos para casa dela, e aí tudo aconteceu.- Digo, olhando para um ponto fixo.

Mamãe: E foi ruim?

Eu: Muito pelo contrário, foi incrível.

Mamãe: Então o que está te incomodando?

Eu: Meio que me declarei para ela. Quando estávamos na casa dela, a abracei por trás e disse que a amo.

Mamãe: e daí, meu filho? Não vai me dizer que saíste da casa às pressas depois de tudo.

Eu: Sou um babaca covarde.

Mamãe: Pois é, meu filho, você errou feio.

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