Capítulo 8 - A Verdade Revelada.

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      Nicholas, após terminar de fazer o teste com a bebê, voltou ao encontro de Catarina com as enfermeiras. Eles discutiram um pouco sobre quem iria ficar com a criança, porém, como não tinham certeza se Nicholas era realmente o pai dela, tiveram que deixar a bebê com a mãe.

       Antúrio ficou enraivecido, como poderiam deixar a bebê com ela?? Não percebiam o estado descontrolado no qual ela se encontrava?

Ele lutou mais um pouco para ficar com a criança, mas não teve outro jeito.

Desse modo, como ele acabou chamando a atenção de todos brigando no hospital, ele virou outro caso de polêmica.

Nas redes sociais, haviam diversas notícias falando sobre ele e inventando informações falsas, como sempre. Alguns fãs vieram ao encontro dele no hospital, apenas para atrapalhar.

Ele saiu de lá batendo os pés no chão, sem nem mesmo olhar na cara das pessoas que vieram vê-lo ou entrevistá-lo. Muitas câmeras estavam apontadas para ele, com microfones e diversas perguntas sobre o que havia acontecido. Antúrio respirou fundo e tentou responder todas elas de uma forma educada ou, pelo menos, não grosseira.

Perguntavam sobre o gênero da criança, o nome dela, se tinha nascido saudável, como ele se sentia sendo um novo pai... entre muitas outras coisas. Nicholas, sempre muito sério, respondeu a maioria com educação, mas sem nenhuma expressão facial de alegria ou sentimentos positivos.

Com muito custo, ele conseguiu entrar em seu carro e voltar para casa.
      

...

Martim permaneceu no hospital. Algo o havia intrigado muito.

Seu coração batia forte e suas mãos ficaram frias repentinamente. Seus pensamentos oscilavam de forma constante, imaginando diversas situações diferentes, sem concluir nenhuma com efetividade.

Martim mordia os lábios olhando para o chão, pensando em coisas que só sua alma sabia.
Até que, de repente, ele viu Carolina sair da sala de onde Catarina estava deitada. O jovem baterista correu ao seu encontro.
      - Carolina. - ele chamou.
      - Sim?
      - A criança está com sua irmã?
      - Não... A enfermeira achou melhor afastá-las por enquanto, até o tratamento psicológico começar pelo menos.
       - Para onde a enfermeira levou a menina? - ele perguntava, com os olhos arregalados.
Carolina estranhou esse comportamento, e respondeu com a testa franzida:
        - Levou para a maternidade daqui do Hospital... Por que pergunta isso?
        - Ah... eu... - ele gaguejou um pouco. - queria ver ela um pouco, afinal ela é filha do meu amigo, tenho um carinho por ela também. - ele disse com a voz fraca.
Carolina permaneceu olhando para ele, estática.
Martim irritou-se.
        - O que foi? Não posso pelo menos tentar ser alguém bom para a criança??
        - Pode, pode... - ela falou, desviando o olhar - então vai lá, ela está na maternidade. Colocaram um número na pulseirinha dela, é o: 92. E está sem nome ainda.
         - Certo... - ele disse enquanto já ia saindo de lá, de forma rápida.

Carolina franziu a testa novamente enquanto observava Martim se afastar de um jeito completamente estranho.

"tem algo de errado aqui" - ela ponderava.
Enquanto isso, Martim corria pelo hospital, em busca da maternidade.

Ao encontrar o lugar certo, Martim apoiou-se no vidro olhando com atenção as crianças deitadas nos pequenos berços. Ele procurava arduamente o número 92 escrito em alguma pulseira, até que, ele encontrou.

A bebê estava bem próxima da janela, logo ele vibrou internamente por conseguir observá-la mais de perto. Aproximou-se da bebê, quase fundindo-se ao vidro para tentar observá-la.

Onde Está a Estrela? - A História De Nicholas Antúrio Onde histórias criam vida. Descubra agora