Capítulo 10 - Uma adaga e um beijo - Regina e Emma

67 5 52
                                    

NOTAS DA AUTORA

Olá, lindezas, tudo bem? Como estão até aqui? Quero agradecer DEMAIS vocês que estão acompanhando. Fico imensamente feliz que estão gostando 😍😍 e AGORA continua a batalha do nosso casal!

Prontos? Eu gosto demais desse capítulo também, admito 💖

Vamos nessa? Agora elas contam juntas 👇👇👇😉

*********************************************************************

De fato, eu devo admitir, aquela era a maior loucura que havia acontecido em toda a minha vida.

Em toda a minha vida nunca pensei que uma guerra pudesse terminar com um beijo. E já havia lutado muitas batalhas na vida para ter certeza de que nenhuma delas chegou a terminar assim.

Nem nas minhas lembranças, nem na história de nenhum rei ou general que eu já tenha conhecido.

Já ouvi falar de tratados de paz, de acordos temporários entre as partes, em rendição, dominação, destruição, vingança. Mas beijo? Aquela era de fato a primeira vez na minha vida. E podia dizer o mesmo de Branca de Neve e de todos os outros presentes ali. Podia apostar que nenhum deles haviam visto uma guerra terminar com um beijo e não um beijo qualquer, um beijo na boca entre as partes inimigas.

E por que digo que a guerra terminou ali? Porque ali Emma Swan me venceu. Eu achava que era astuta como uma serpente, capaz de se enrolar na garganta do inimigo e matá-lo sufocado enquanto ele estava dormindo.

Uma cobra daquelas perigosíssimas que bastava uma picada para levar o adversário abaixo. Eu achava que era e talvez eu fosse assim, uma serpente valiosa que não se deixava enganar ou abater por qualquer coisa.

Mas o fato é que as serpentes são orgulhosas. Acham que estão acima do bem e do mal e que nada neste mundo pode vencê-las. E andam por aí tão altivas e convencidas de si que não percebem que se tornam fracas.

As mais fracas e tolas a existir por aí. E por que? Porque deixam lados abertos por todo canto. Lados abertos onde o inimigo pode entrar e festejar e pisoteá-las o quanto quiser. E muitas vezes sem que elas notem ou sejam capazes de admitir.

Uma serpente pode facilmente morrer quando começa a devorar a própria calda. Ela só precisa ser bem conduzida pelo inimigo e assim se torna a mais fácil presa da terra porque devora a si mesma sem notar.

E faz isso ainda se vangloriando de si e de suas capacidades.

Foi exatamente assim que eu fiz. Aliás, foi assim que eu fui conduzida por Emma Swan a devorar a mim mesma sem perceber. Na verdade, tenho certeza que nem ela mesma percebeu que assim o fez.

Porém, ainda posso dizer mais sobre a minha derrota. Eu fui sim devorada, não só por mim mesma, mas por um veneno altamente letal chamado Amor. Já imaginou que o Amor pode sim ser um veneno que mata por dentro tudo o que você acreditava? Tudo o que você queria ou achava que queria?

A sua vingança? A sua prepotência? A sua decisão de admitir ou não seus verdadeiros sentimentos? O Amor mata tudo isso e faz questão de transformar o que resta em pó.

O Amor que para mim era personificado em Emma Swan, que eu deixei entrar sem notar, que eu deixei que se nutrisse sozinho sem perceber, que eu até admitia em alguma medida, mas nada que pudesse se comparar com o estrago que eu via só agora que ele tinha causado.

O estrago que ela tinha causado em mim.

É por isso que aquele beijo me derrotou. Eu vi a guerra da minha vida toda acabar quando eu senti os lábios de Emma sobre os meus novamente, enquanto ela apertava a minha cintura e puxava para si.

I'm not the only one (Eu não sou a única) - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora