21 - Getting to know the family.

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"Eu odeio fazer isso, mas você não deixa escolha
Não consigo viver sem ela
Me ame ou me odeie, nós estaremos juntos
De pé naquele altar
Ou vamos fugir para outra galáxia, você sabe
Você sabe que ela está apaixonada por mim
Ela vai para qualquer lugar que eu for"
Rude, MAGIC!

"Eu odeio fazer isso, mas você não deixa escolhaNão consigo viver sem elaMe ame ou me odeie, nós estaremos juntosDe pé naquele altarOu vamos fugir para outra galáxia, você sabeVocê sabe que ela está apaixonada por mimEla vai para qualquer lugar qu...

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ROBERTO NASCIMENTO

— Para onde o senhor vai assim tão arrumado?

Ouvi a voz de Lilia um pouco atrás de mim e me voltei no meio das escadas, esperando que ela me alcançasse.

— Bom dia, filha. — Continuei descendo as escadas, mas fui detidO de me afastar quando sua mão segurou meu braço.

— O senhor está indo encontrar com ela? — ela perguntou e me soltou assim que me voltei.

— Sim, Lili. Nós vamos almoçar juntos. Algum problema com isso?

Ontem tinha feito dois meses que estávamos juntos e depois de passar mais de uma semana sem vê-la — porque os cinco minutos no domingo não contavam — era óbvio que estava mais que ansioso para encontrar Heloísa. Tínhamos conversado na noite anterior e eu lhe contei que tinha falado sobre nós para os meninos, dizendo que eles tinham reagido bem. Passada essa etapa, combinamos que estava na hora de conhecer a sua mãe e assim não precisaríamos mais sair escondidas de ninguém. Mas mesmo não precisando mais mentir sobre o lugar para onde estava indo, ainda me pus na defensiva quando Lilia fizera aquela pergunta como se me acusasse de estar fazendo algo errado.

— Não, senhor. – ela respondeu num tom mais contido.

— Ótimo. — Comecei a me afastar, mas parei no meio do caminho quando Lilia falou novamente.

— Chame-a para jantar conosco hoje. — ela sugeriu de repente.

— Hoje não, Lili. — falei apenas antes de continuar andando, dessa vez conseguindo chegar à garagem sem interrupção.

Deixei o carro no estacionamento de sempre, perto do apartamento de Heloísa, dessa vez no entanto tendo que esperar um pouco para conseguir uma vaga, por ser manhã de sábado. Quando cheguei ao prédio, estava oficialmente atrasado e subi as escadas correndo depois que Heloísa abriu a porta para mim através do interfone. Bati à porta do 304 apenas uma vez antes que ela abrisse para mim, um sorriso nervoso brincando nos seus lábios.

— Desculpe o atraso.

— Tudo bem. — Se afastando para o lado, Heloísa abriu mais a porta, permitindo que eu entrasse. — Minha mãe está na cozinha. Vou chamá-la.

— Heloísa, espera. — a detive quando ela tentou se afastar, baixando o tom de voz. — O que você contou para ela?

— Não muito — ela se apressou a responder. — Só que você era um pouco mais velho.

Sete minutos no paraíso - Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora