𝐒𝐌𝐈𝐏

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"É você, amor
E eu sou uma idiota apaixonada pelo jeito que você se move, amor
E eu poderia tentar fugir, mas seria inútil
A culpa é sua
Apenas uma dose de você e eu soube que eu nunca seria a mesma"
Never be the same, Camila Cabello

"É você, amorE eu sou uma idiota apaixonada pelo jeito que você se move, amorE eu poderia tentar fugir, mas seria inútilA culpa é suaApenas uma dose de você e eu soube que eu nunca seria a mesma"Never be the same, Camila Cabello

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ROBERTO NASCIMENTO

— Você poderia ao menos facilitar para mim, não é? — resmunguei quando a encontrei na frente da sua casa na manhã do sábado da semana seguinte.

Seu vestido bege mal cobria suas coxas e eu sabia que qualquer vento levantaria o tecido leve.

Me recostei ao carro e puxei-a pela cintura, abraçando seu corpo contra o meu. Obviamente o movimento fez seu vestido subir um pouco e ela riu enquanto tentava puxar o tecido para baixo.

— Para de ser tarado, Beto. — ela reclamou embora ainda risse. — Até parece que você nunca viu o que tem debaixo desse vestido.

— Merda, Heloísa! Agora eu vou ficar te imaginando nua pelo resto do dia.

Heloísa riu com ainda mais gosto, se desvencilhando dos meus braços, e entrou correndo no carro antes que eu conseguisse lhe alcançar de novo. Respirei fundo, levando as mãos aos bolsos da calça para disfarçar qualquer volume que estivesse visível e acenei com a cabeça para duas senhoras que passavam por ali, me olhando com o semblante levemente estranho.

Ótimo! Agora ficaria conhecida pela vizinhança de Heloísa como o namorado depravado que fica de pau duro no meio da rua apenas por ver sua mulher com um vestido curto demais.

Dei a volta ao carro, sentando ao volante em seguida.

— Pronta para visitar meu futuro lar? — perguntei animado, colocando o carro em movimento.

O sorriso imediatamente deixou seu rosto e Heloísa apenas assentiu enquanto ajustava o cinto de segurança, parecendo evitar meu olhar de propósito. Levei uma mão à sua coxa e apertei aquele ponto, atraindo sua atenção.

— O que foi, pequena?

— Eu só... Não gosto de você ter que sair de casa por minha causa — ela murmurou, colocando a mão sobre a minha, deslizando seus dedos sobre a minha pele numa carícia despretensiosa.

— Não é por sua causa. Estou fazendo isso porque não posso mais ficar naquela casa aturando o comportamento dos meus filhos. Se tem alguém culpado por isso, são eles.

— Mas se não fosse por mim...

— Se não fosse por você, meu amor, eu nunca teria descoberto o que é amar assim tão intensamente — falei com firmeza, vendo-a corar de leve, mas um sorriso voltou a aparecer nos seus lábios. — Nunca esqueça disso, ok? É graças a você que eu estou conseguindo encarar toda a minha vida com tanta facilidade. Se não fosse por você, eu provavelmente estaria a ponto de me divorciar agora, infeliz e indo morar no apartamento dos meus pais. As coisas não teriam mudado muito. A diferença agora é que eu tenho alguém do meu lado. Alguém que eu amo tanto que torna todos os meus problemas insignificantes.

Sete minutos no paraíso - Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora