Sábado em Angra dos Reis 🏖️
26,3° | 18:24 🌚Pablo Santana
A minha vida nunca foi fácil como aparenta ser agora. Me formei em medicina e para muitos esse feito só pode acontecer ou ser alcançado se você vir do berço de um família estruturada e rica. No entanto consegui quebrar esse padrão desigual e injusto da sociedade. Eu não era negro e compreendo que isso favoreceu alguns "privilégios" no caminho para eu me tornar médico, mas por sempre ser morador de favela "Primeiro a Rocinha no Rio de Janeiro e depois Paraisópolis em São Paulo na casa da minha avó" e pela minha família ser desajustada, já morava com minha tia que não era conhecida por sua simpatia e amor ao próximo. Mesmo sendo evangélica ela sempre foi carrasca comigo e me obrigava a ser oque eu nunca fui, ela me obrigava a "parecer" heterossexual e a performar "masculinidade". Padrão inalcançável por mim, já que nunca consegui, pois dês que eu nasci sabia que era homossexual de carteirinha. Meus pais biológicos morreram quando eu tinha dois anos de idade devido a um acidente de carro quando estavam voltando de um culto e para piorar quando chegaram no hospital os médicos demoraram muito para os atendê-los. Por isso prometi para mim e para eles que seria médico e cuidaria das pessoas da melhor forma possível. E consegui alcançar meu objetivo ao passar no vestibular da USP para o curso de medicina. Pelo menos residindo em São Paulo, mesmo sendo em Paraisópolis me ajudou a ficar perto do meu sonho, todavia me afastou do grande amor da minha vida, que eu tinha abandonado anos atrás quando ainda morava na Rocinha. Então quando a Letícia, melhor dizendo, quando Sirius me ligou e me convidou para ser o coordenador do hospital que ela queria inaugurar na Rocinha, não pensei duas vezes para aceitar. Eu precisava voltar para as minhas origens e tentar resolver minha situação com o Leozin. Obviamente eu me relacionei com outras homens depois dele, mas nenhum consegui fazer meu coração bater mais forte no peito do que meu primeiro amor adolescente. Ele era, é, e sempre será o homem da minha vida. Eu tinha e tenho a maior convicção do mundo disso. Por isso quando o encontrei depois de anos sabia que eu teria que dar o primeiro passo. Então quando ele saiu da área externa e foi adentrando na casa de praia meio atordoado por sinal já que eu o conheço bem. Eu tinha que correr atrás do tempo perdido entre nós. Nesse sentindo acredito que consegui derrubar o murro de Berlim que se levantou dês do dia que fui embora da Rocinha, logo após os pais dele o expulsarem de casa por terem visto um vídeo nosso se beijando.
Pablo: Vamos conversar Leozin - Falo segurando a porta.
Antares: Eu não tenho nada oque conversar com você Pablo, me esquece meu parceiro - Fala alto enquanto faz força para impedir que eu entre.
Pablo: Não tem? Então você me esqueceu? Vai ignorar oque nós vivemos? - Falo alto pedindo interseção para dar tudo certo.
Antares: Passa a visão para mim, oque nós vivemos Pablo? Tu se esqueceu que tu me abandonou porra? Eu quero que você se foda, eu gosto de mulher só para você saber - Fala afobado enquanto abre a porta.
Pablo: Você pode também gostar de mulher, mas eu tenho certeza que você ainda gosta de mim - Falo fechando a porta do quarto e entro rapidamente.
Antares: Você tá viajando caralho, eu já te esqueci. Eu mudei e você mudou, deixa a desgraça que aconteceu entre a gente no passado - Fala meio nervoso enquanto me aproximo dele.
Pablo: Eu sei que você mudou, se você já era gostoso antes, agora está mais - Falo enquanto passa a mão na minha barriga.
O Leozin sempre foi gato, mas agora ele está excepcionalmente gostoso. O tempo foi o melhor amigo dele. Sem brincadeira nem guindaste me tira de cima dele quando eu sentar nesse macho delicioso e para me deixar mais fraco a roupa que ele estava super combinou com ele. Apesar que tudo que ele vestiu sempre ficava lindo, mas agora já adulto aquela carinha de bebê mais uma mistura de homem safado estava me deixando louco. Os seus cabelos estavam com luzes, ele usava uma camisa de botão colorida meio aberta que deixava a mostra as tatuagens no seu peitoral e destacavam seu cordão grosso e na parte debaixo vestia uma bermuda azul marinho.
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Dona do Morro e Sua Advogada
Fanfiction𝑹𝒐𝒄𝒊𝒏𝒉𝒂 - 𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐 📍 Leticia, 21 anos, vulgo Sirius, é uma criminosa em ascensão no mundo do crime no Rio de Janeiro. Não somos fora da lei, porque a lei quem faz é nós. E os únicos princípios que Sírius segue são a Paz, Ju...