Capítulo Cinquenta e dois| parte dois

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Por segundos, breves segundos, me pus a pensar nas coisas que fiz antes de aceitar o desafio

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Por segundos, breves segundos, me pus a pensar nas coisas que fiz antes de aceitar o desafio. Vir para a casa de Niall Green. Nunca, em momento algum, envolvi-me sexualmente com nenhuma das minhas protegidas ou até mesmos clientes. Respeito o meu trabalho e de quem trabalha nele. Sou demasiado profissional e trabalhador, porquê assim me ensaiaram a ser. Não gosto de desiludir a mim mesmo, sou demasiado perfecionista em determinadas coisas.

Até conhecer a Eva Green.

Nunca nos meus sonhos mais porcos imaginei envolver-me com uma rapariga de 18 anos, rebelde, cheia de vida, com imaginação bastante fértil, e filha do Niall Green. Amigo do meu pai adotivo. E alguém que teve dentro do mesmo cubículo que eu e sabe como as coisas funcionam dentro de uma empresa de serviços secretos. Alguém que sabes as regras; estritamente proibido envolver com uma protegida.

Se alguns anos me tivesse perguntado se foderia com uma das protegidas enquanto tivesse a protegê-la na sua própria casa, a minha resposta seria a mais obvia. Não. E muito menos na casa do pai dela, andar as escondidas pela casa a escapulir-me com ela para alguma divisão, esperando que ninguém dê por isso. Não faz mesmo o meu estilo. Andar a brincar dessa forma. Mas se hoje me perguntam-se a minha resposta seria; Sim. E sem arrependimentos. E adoro estar a escapulir com a minha protegida para qualquer lado da casa ou até mesmo para fora dela. Mas sinceramente preferido estar com ela fora desta mansão, longe daqui, seremos outras pessoas longe desta confusão toda.

E isso assusta-me um pouco ao estar a fazer comparações de como eu era a uns tempos atrás para os dias de hoje. É como se não fosse eu mesmo, e sim alguém que está à procura de algo melhor para ser. Alguém que se quer mostrar a rapariga dos olhos verdes que há esperança para viver. Aquele sentimento que nunca fez parte da minha vida.

E nem sabia bem o que era essas palavras. Sabia o que era ter de tentar sobreviver. Sabia muito bem, melhor que muitas pessoas que andam por aí. Mas ter esperança para viver...nunca foi o meu forte pensar em tal coisa. Morrer; sim sem dúvida. Houve muitas vezes que pedia e tinha esperança de que deus me ouvisse e que me levasse para debaixo da terra. Seria mais sossegado, uma boa vida e ninguém me chateava. Depois de tudo o que passei na minha fase de criança para adolescência, acreditem-te que debaixo da terra seria um reino para mim.

Não desejo a ninguém que passe o mesmo que eu, ainda por mais sendo alguém que julgava que devia me amar e não me magoar. Alguém que me ajudasse a crescer, a tomar bem do meu coração para não ficar despedaçado como as peças de um puzzle. Alguém que brincasse comigo, ajudasse-me a fazer os trabalhos de casa, me perguntasse como tinha corrido a escola...

Alguém que me amasse.

E amar é uma palavra que não consigo digerir bem dentro de mim. Não consigo bem intender como funciona ou se tem algum papel de instruções para ser ler lido e seguido. É difícil. Tenho uma família adotiva que passou por muito por conta de eu ser tão autodestrutivo, rebelde, fechado no princípio da adolescência. Mas nunca desistiram de mim, por muita merda que tenha feito e por coisas que fiz para que desistem de mim. Não me abandonaram e fazia questão de todos dias me relembram do que me amavam. Eu nunca consegui sentir o mesmo, era mais uma adoração de tinha por eles e uma preocupação que me esmagavam-me dentro de mim.

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