Cap. Trinta e Um

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Domingo, 29 de Julho de 2018, pelas 6h30 da manhã em Zermatt

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Domingo, 29 de Julho de 2018, pelas 6h30 da manhã em Zermatt

A brisa gelada da manhã de Domingo atingiu levemente o meu rosto ensonado. Abracei o meu corpo por de baixo de algo que me tapada e amoleci novamente contra o banco do carro de Christian.

— Eva. — O som abafado de uma voz rouca e doce se faz ouvir num tom calmo e quase de culpa perto do meu cabelo. Sinto a sua mão a tocar nos fios de cabelo, afastando-os da minha bochecha e da minha boca.

Afundo mais o rosto no banco deitado do passageiro. Afasto a mão que me está a importunar o meu segundo sono de beleza enquanto resmungo manhosa.

— Não.

Aquele homem ao meu lado, volta a insistir comigo, voltando a tocar-me só que desta vez na minha bochecha quente.

— Temos que ir. — Avisa-me num sussurro baixo continuando com o mesmo tom de voz que há pouco.

—Não quero. — Choramingo ensonada, sem abrir os olhos.

Dominick ri baixo.

— Lamento, mas tem de ser. —Suspira— Acho que não queres que ninguém descubra a nossa fuga.

Abro, com muito sacrifício, os olhos e giro a cabeça para o lado do motorista. Dominick sorri-me forçadamente e inclina a cabeça para o lado de fora num gesto de "vamos embora".

Suspiro aborrecida começando a sentar-me no banco. Coço os olhos, aperto o tecido preto do seu casaco contra o meu peito e saio do carro. Mal fecho a porta do mesmo, apreço-me a vestir o seu casaco que parece pesar mais do que o meu corpo.

Está fresco, o céu está nublado, não existe sol e possivelmente nem deve aparecer hoje, mas como ainda está a amanhecer pode ser que o tempo resolva mudar.

Afasto do carro de Christian mal ouço a porta do lado do motorista a fechar. Começo a andar sem força pela terra húmida da floresta até que chego a parar para me encostar a uma árvore quando não o ouço acompanhar-me.

Olho para trás e o encontro próximo do carro, a olhar-me de uma forma muito estranha. Franzo a testa, coço os olhos e logo depois o nariz gelado antes de dirigir a fala a ele.

—Então... vamos.

Agora que estou a olhá-lo com mais atenção deparo que a nossa distância não é muita uma do outro; possivelmente uns cinco ou sete passos. Estreito os olhos, olho para ele e depois para mim.

Estou mesmo cansada. Devo estar com um ar desmazelado, Dominick tem um pouco melhor aspeto que eu. Nem sei se ele chegou a dormir a noite toda na mesma cama que eu. Eu nem me apercebi de nada ao que se passava ao meu redor, dormi como um bebé. Não acordei em nenhum momento com pesadelos, para mim isso é histórico.

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