Um dia meu melhor amigo morreu a vida perdeu seu sentido, eu não entendia como isso aconteceu ou o porquê, só tinha em minha mente que, sem ele, eu não tinha que me preocupar com qualquer merda que fizesse, foi então que nasceu meu primeiro vício, o cigarro, toda vez que eu lembrava dele ou o quão triste eu estava, ligava a chama do isqueiro e a encarava, as chamas purificava tudo, queimavam tudo e todos, não importava o que fosse o fogo destruía tudo a sua frente, uma bela fagulha de caos em minhas mãos, logo em seguida eu puxava um cigarro do maço e acendia, enquanto a fumaça subia eu encarava o céu, pensava em tudo que aconteceu e me afundava em agonia, o cheiro de vez em quando era doce de tão tóxico, queria morrer mas não sabia como encará-lo no pós vida, maldito seja o dia que ele me deixou para trás... Sei que não era culpa dele e me sinto horrível só de pensar nisso mas, amaldiçoado seja o dia em que ele me abandonou nesta terra maldita...
Desde então tento esquecer os problemas, ou pelo menos tentar, então fui direito a meu único local seguro nesta terra de fuligem, cinza e tristonha... Ia em direção a cafeteira, um local simplório mas que oferecia o meu único lazer, minha lembrança de quando era feliz, meus melhores momentos, parecia que as cores voltavam e mesmo tendo pesadelos parecia que eu podia acordar e esquecer tudo que me fez chorar. Derramava lágrimas e lágrimas após beber apenas um gole daquele capuccino com formato de coração, doía até o peito só de pensar, mas aliviava a alma...
Lembrei então dela... meu último é terceiro vício, a garota dos meus sonhos, tinha cabelo cacheado com cheiro de cereja, as vezes era mais rude mas de vez em quando era macio, dava vontade de me afundar naqueles cachos e me afogar naquelas espirais. Seus olhos eram gradientes, meio escuro meio marrom, nunca consegui distinguir exatamente qual era a cor mas isso deixava tudo mais apaixonante, não saber e ao mesmo tendo ter a ideia do que podia ser, poder escrever pra ela todas as incertezas que me davam mais certeza de amá-la; mas não durou muito... nunca dura, sinto falta de seus abraços raros, seu cheiro, seu toque, seu sorriso e jeito fofo... perdoe minhas ações mas... é tão errado assim se sentir assim? Bom, ela já deve ter outro a esse ponto, o sofrimento não me abandona e mesmo suportando não sei se conseguirei chegar até o fim... queria tê-la... mas querer não é presente, não é futuro e nem verdade, é só um desejo... que nunca se realizará...
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Coisas que escrevi por acaso...
PoesíaApenas as histórias, cartas, poemas e frustrações que me levaram a escrever, nada de muito interessante talvez... é a junção de anos e últimos meses de escritas. As poesias são autorais minhas, são inspiradas em canções, momentos, situações e etc...