you painted me golden.

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ATENÇÃO:
— POSSÍVEL TW NA SEQUÊNCIA.

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Narcissa estava aos prantos, ela não aguentava mais viver desse jeito, era sempre assim, todo ano desde que seu filho tinha quinze anos.

Draco não saia de seu quarto nunca, não falava com ninguém além de Severus naquela casa, e agora que ele se foi, Draco parecia morto.

Só acenava com a cabeça, comia e voltava para o quarto.

Narcissa tentou o fazer falar com um terapeuta, até funcionou, ele aceitou, o Dr. Crouch veio nos últimos dias, mas parece que isso só piorou, ela conseguia ouvir o choro e os gritos agonizantes de seu filho toda madrugada.

Olheiras fundas, não saia do quarto e nem comia, Cissa estava perdendo seu bebê aos poucos, ou talvez ela já tivesse visto ele morrer nos últimos anos, e não fez nada para mudar isso, ela se culpava.

Hoje era dia doze de janeiro, dia em que Draco e Harry completariam quinze anos desde que se conheceram, era "o dia deles".

Draco não dormiu a noite inteira, consequentemente, a ômega também não.
Não conseguia dormir ouvindo o filho chorar e uivar a noite toda.
Ela, com seus instintos maternos, podia sentir o lobo dele desesperado, por isso, naquela noite, ela também chorou.

E quando o dia amanheceu ela tentou, insistiu para que o filho saísse do quarto e falasse com ela, mas só resultou em brigas e gritos.

— Mamãe, desista, o nosso Dray se foi. — Luna abraçou a mãe, que chorava em frente a porta de seu amado filhote.

— Lun… dói tanto, onde foi que eu errei? — a mãe chorou nos braços da ômega, que tentava a confortar.

Harry, em sua casa, se sentia inquieto o dia todo, havia chorado muito durante a noite e mal dormiu, céus como ele queria seu Draco de volta, como ele queria voltar no tempo e aproveitar mais o tempo perdido, aproveitar cada segundo.

Como ele queria voltar à quatro anos atrás, quando eles passaram "o dia deles" abraçados assistindo filmes de romance, e aproveitar a cena final de "simplesmente acontece", em que ambos estavam aos prantos e não conseguiam falar nada, para dizer o que tanto desejou dizer.

Para dizer que amava Draco com todo seu coração e sua alma, que não aguentava mais guardar seu sentimento para si e que queria ter Draco pra ele, independentemente de qual classe Draco viesse a se apresentar futuramente.

Mas ele foi bobo, tolo, e agora estava aqui, chorando pelos cantos, seu lobo pedia por Draco, e ele não podia fazer nada.

— Chega. — Hermione apareceu na sala, tirando a TV que reprisava a cena em que Rosie se declarava para Alex no casamento dele da tomada, fazendo o alfa despertar e limpar as lágrimas, desviando seu olhar para a parede. — Harry eu não sou idiota, chega de ficar aqui chorando assistindo e reassistindo a porra desse filme, você vai para a Oxford em fevereiro e é assim que quer passar seus ultimos dias com a gente? 

— Desculpa H, eu só… — soluçou, e voltou a chorar.

Sua irmã dessa vez suspirou, se aproximando dele e o abraçando, fazendo com que ele sentisse seu cheiro para se acalmar.

— Shh… eu sei que dói, eu sei. — afagou os cabelos dele.

— Eu preciso dele Hermione, eu preciso do meu Draco, do meu anjo que amava cantar e dançar enquanto fazia artes na nossa cozinha, eu preciso dele… 

— Harry… — a ômega também sentiu os olhos começarem a marejar — Eu também sinto falta dele, ele alegrava essa casa… lembro quantas vezes eu, ele e Ron fizemos festinhas do pijama… – ela sorriu fraco.

dancing with our hands tied || drarry [abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora