P R O M E T I D O S - Richard Ríos

eu tô grávida!

Eu não conseguia tirar as palavras daquela mulher da minha cabeça. Eu não posso acreditar que Richard foi no apartamento dela ficar com ela depois de tudo que ele me disse.

Eu não posso acreditar que ela está grávida. Que eu estou grávida.

A ficha não cai. Sei que vai demorar pra cair. Serei inocente demais se eu me perguntar como aconteceu, eu sei, ele sabe, você também sabe.

Eu fui descuidada, fui irresponsável eu sei. A dias eu deveria ter ido a ginecologista ver como estava meu DIU. Sim eu uso DIU, mas já faz tantos anos que coloquei que ele deve ter vencido.

Que ótimo Carolina, agora você será mãe.

Mãe!

Eu, Carolina Martínez mãe de um filho de Richard Ríos.

Homem que nunca me amou, talvez nem me ame. Eu nem sei sobre os sentimentos do pai do meu filho, que loucura.

Não foi planejado, não foi mesmo. Se eu pudesse escolher não seria nesse momento.

Mas foi planejado por Deus. E Deus sabe de todas as coisas. Afinal, Deus nos manda filhos quando precisamos e não quando queremos.

E para ser sincera? Obrigada meu Deus por me dar um motivo para continuar lutando.

Alguns minutos depois a campainha tocou, me levantei devagar e quando abri a porta Raphael estava parado enfrente a mesma com o olhar mais assustado que já vi.

A única reação que tive foi abraçá-lo forte e ele retribuiu.

Meu choro molhou sua camiseta e ele beijou o topo da minha cabeça, sem dizer nada. Apenas me abraçou forte.

— tá tudo bem, calma - enfim ele disse. E eu olhei pro mesmo com o rosto banhado em lágrimas.

— me desculpa! - enfim me soltei do mesmo e deixei ele entrar.

— que isso pô, tá tudo bem com você? - olhou pro meu corpo procurando algum machucado sei lá e depois olhou pra mim - cadê o Richard?

Seus olhos percorrem rápido o apartamento enquanto ele entrava e ficava próximo ao sofá.

Eu fechei a porta e apenas balancei a cabeça caindo no choro novamente e ele veio me abraçar.

— não, o Richard não fez isso com você - me abraçou forte - porra Colômbia.

— Raphael porque?

— Carolzinha eu não sei o que te dizer. - me levou devagar até o sofá e me sentou no mesmo. - a culpa não é sua, não pense isso tá?

— ele é muito escroto.

— caralho, o que o Richard tá pensando da vida?

— e como se não bastasse, eu tô grávida.

— que? - ele soltou sem pensar e me olhou fixamente nos olhos. Pude ver os mesmos marejarem.

— eu acabei de descobrir - apontei pro banheiro onde os testes ainda estavam em cima da pia.

— antes de tudo parabéns. Sei que não é um momento que você sonhou, bem não assim né? Nessas situações. Mas eu sei que você será uma baita de uma mãezona. Você é incrível Carol e sei que esse bebê terá muito orgulho da mãe que você será.