P R O M E T I D O S - Richard Ríos

eu sou casado, foi mal!

Richard on

Eu não posso acreditar no que está acontecendo, porra. Maldita hora que fui conversar com a Nicole e pensar em relembrar qualquer tipo de coisa que já tivemos juntos.

Eu gosto da Nicole, o lance que tivemos junto sempre foi da hora, mas caralho eu amo a Carolina.
A verdade é que aprendi a amá-la como nunca pensei que pudesse.

Ela não sai da minha cabeça em nenhum momento do meu dia. Eu vou treinar mas fico louco pra chegar em casa logo e poder tê-la em meus braços.
Eu jamais faria algo para perder isso de novo.

Mas eu fiz, infelizmente eu fiz e dessa vez ela não me perdoou como antes.

Talvez só assim eu possa aprender a ser homem, como ela mesmo disse.

Ver ela batendo a porta do carro e indo pra longe de mim sem olhar pra trás me doeu, doeu demais. Foi como se eu tivesse a deixando ir embora da minha vida sem fazer absolutamente nada pra impedir.

Senti lágrimas molharem meu rosto e num momento de raiva e dor, deixei minhas emoções falaram mais alto.
Deixei as lágrimas molharem meu rosto sem medo, e um choro constante se instalou.

Caralho, caralho. Não vou perder essa mulher de novo por idiotisse minha. Por um momento de bobeira, de cabeça fraca.
Eu vou reconquistar ela e ter nossa família de volta, custe o que custar.

Quando por fim consegui controlar o choro, liguei o carro e sai dali, sem rumo.
Resolvi parar em uma boate localizada numa esquina movimentada aqui da Colômbia. O local estava cheio mesmo sendo tarde da noite.

Estacionei o carro na primeira vaga que encontrei, peguei meu celular e coloquei só meu boné. Respirei fundo antes de sair, eu preciso beber algo forte pra ver se essa dor no meu peito ameniza.

O ambiente estava cheio, muita gente tanto fora quanto dentro. A música alta ecoou em meus ouvidos assim que pisei o pé naquele lugar e com as luzes apagadas mal conseguia ver quem estava ali.

Me encaminhei até o bar e fiquei por ali um instante tanto ver se conhecia alguém, mas tentativa em vão.
Fiquei ali curtindo a música até ver uma moça caminhar em minha direção.

Caralho, certeza que é um teste de Deus!

Assim que a mesma se aproximou pude vê-la melhor. Ela é bem bonita, jovem, alta, de cabelos pretos e comprido até próximo a cintura. Senti sua respiração quente bater em meu pescoço quando ela sussurrou no meu ouvido.

— o que o moço bonito vai beber hoje?

— me trás o mais forte que você tiver, por favor.

— não me digas que está sofrendo por amor? - fiquei mudo - tenho algo muito melhor pra curar dor de amor.

Seu sorriso preencheu seu rosto.

— eu sou casado, foi mal! - a empurrei levemente pra longe de mim.

— eu não tenho ciúmes.

— mas eu sou fiel.

— vai ser coisa rápida, e garanto que não vai se arrepender - passou às mãos sobre meu peito.