você está me deixando maluco, Carolina.

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Meu corpo reagiu a essa frase do Richard como eu não imaginei que reagiria.
Senti meu coração acelerar, minhas pernas amoleceram e o frio que passou pelo minha espinha se espalhou pelo meu corpo todo.

Ele sabe do que causa em mim, e do que exatamente essas palavras causaram agora.
Seu sorrisinho de lado me entrega isso mesmo sem ele dizer.

Ele estava com a boca úmida pois havia acabo de passar a língua sobre ela, e parecia que eu mal conseguia tirar os olhos dela.
Suas mãos que antes pousavam sobre a mesa, agora encostavam suavemente na minha e fazia um leve carinho sobre o peito da minha mão.

Seus olhos continuavam de um brilho intenso. Brilho esse que parecia me deixar hipnotizada.
Ele sorriu pro garçom assim que o mesmo chegou com nossos pedidos.

Ele havia feito uma reserva em um dos melhores restaurantes italianos de São Paulo.
Ele sabe o quanto eu amo a Itália e toda sua história, inclusive as comidas.

Eu não consegui dizer nada após ele exclamar o que estava pensando. E a verdade é que eu não sabia o que dizer.
Na verdade eu sabia... eu queria a mesma coisa que ele, mas isso é informação demais pra ele saber.

As vezes parecia que ele estava de piada com minha cara, como vem fazendo desde que nos casamos.
Me deixa maluquinha por ele e depois vai ficar com outras. Eu me odeio por isso todas as vezes que isso acontece, e por isso prometi que ele não me iludiria mais. E que o iludido da vez seria ele e não eu.

.

O caminho pra casa nunca foi tão longo. A tensão que estava instalada naquele carro me causava frio na barriga. Eu sentia como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo e eu estava quase perdendo o controle de mim mesma.

Ele ficava por vários momentos sorrindo pra mim, e eu queria gritar pra ele parar de sorrir, porque aquele sorriso me desestabiliza completamente.

- o que foi?

- nada pô, só te olhando.

- gostou?

Ele desviou seu olhar do trânsito pra meus olhos, depois pela minha boca e enfim pelo meu corpo.
O decote do vestido deixava meu colo totalmente exposto, já que o mesmo era de uma fina alça.

- demais! - Ele exclamou por fim.

- tá passando vontade porque? - me virei um pouco sobre o banco fazendo com que um pouco mais da minha perna ficasse amostra.

Vamos entrar nesse jogo de provocações, Montoya.

- Carolina, Carolina. Tá brincando com fogo, pô.

- tô afim de me queimar, Montoya.

- não me faça parar esse carro aqui mesmo e encher essa sua bunda gostosa de tapas.

- não me faça arrancar essa camiseta bonitinha do seu corpo. - ele gargalhou.

- maldita sea - agora foi minha vez de rir.

- você está me deixando maluco, Carolina.

- isso talvez seja bom.

- bom pra quem pô? Só se for pra você que deve estar adorando me ver assim né?

- um dia da caça outro do caçador, não é? - ele riu negando com a cabeça.

P R O M E T I D O S - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora