Quem não dá assistência, abre concorrência.

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Dia de jogo no Allianz é sempre um misto de nervosismo e emoção, e olha que nem de futebol eu gosto como já disse, imagina só pra quem gosta.
Chegamos no camarote e não havia ninguém ainda além de nós. Brendha disse que viria com a Gaby e a Juvena também disse que estaria aqui, então apenas nos acomodamos e ficamos jogando conversa fora.

- Thian vai ficar maluco quando vir pra cá - disse Sandra depois de um tempo olhando pro gramado.

- ele é apaixonado por futebol né?

- ainda mais pelo tio dele - sorriu carinhosamente.

- Richard também é apaixonado naquele garoto, tenho certeza que tudo que Richard faz é pra um futuro melhor pro Thian e pra vocês - sorri de lado.

- as vezes me pego pensando do quanto sou sortuda por ter meus filhos sabe? - ela estava com os olhos marejados - orgulho demais do meu Ritcha - nós rimos do apelido dele no Palmeiras - mas hoje é dia de alegria né? De vê-lo brilhar

- isso, uma noite que será incrível pro Ritcha - rimos novamente e ela me abraçou de lado. Logo seu Neimar voltou e se juntou a nós.

(...) O jogo está super pegado, os caras batem demais e os meninos estão sofrendo muito na mãos deles. Jogos de libertadores dizem que é assim mesmo, sofrido.
Acho que por isso que não gosto de assistir futebol, eu fico nervosa, passo mal. Ainda mais quando batem no Richard, eu sei de tudo que passamos, do que somos um pro outro, mas poxa ele é meu "marido" e mesmo que não fosse jamais iria quer vê-lo se machucar.

- aí já tô nervosa, eles estão batendo demais nos meninos

- Calma Gaby vai dar certo, eles vão marcar um gol - Juvena respondeu sem tirar os olhos do gramado.

(...) Fim de primeiro tempo e nada de gols para nenhum dos lados. Richard está irritadíssimo em campo, arrumando briga toda hora e já até tomou cartão amarelo por reclamação.
Ele fica super nervoso quando os pais estão o assistindo jogar, é assim sempre pela seleção Colombiana.

- alguém quer beber algo? Vou pegar uma água

- não Carolzinha, estamos tranquilas - assenti e fui em direção ao bar, assim que cheguei no balcão fiz meu pedido e enquanto aguardava uma mulher bem bonita começou a me encarar.
Loira do cabelo comprido até próximo a cintura, estava de jeans e tênis nos pés e a camisa do palmeiras, número 27.
A cada movimento que eu fazia parecia que ela me fotografava com os olhos e isso estava me deixando irritada.
Peguei minha água e quando estava voltando pro camarote ela segurou em meu braço me fazendo olhá-la.

- Carolina Martínez?!

-sim... posso ajudar?

- então você é a famosa Carolina! - deu um sorriso debochado- esposa do Ríos.

- sim e você é quem?

- Bianca, ou Bibi como seu maridinho gosta de me chamar na cama - ela me deu um soco no estômago com essa frase. Eu fiquei literalmente sem reação olhando pra ela - não vai me dizer que achou que ele era fiel a você? - gargalhou

- com licença Bianca, não quero e não vou ficar ouvindo as merdas que está dizendo.

- claro, pode ir. Só queria dizer que quem não dá assistência, abre concorrência. Afinal, pelo que Richard me conta vocês não tem uma vida muito ativa né? - riu

- com licença! - puxei meu braço com força o soltando de sua mão e voltei pro camarote onde estava.
Eu sei que ele nunca foi fiel a mim, que nunca me respeitou até porque nosso casamento é de fachada, mas custava ele fazer tudo no sigilo? Sem que nada chegasse até mim? Eu sempre pedi a Richard que não me deixasse conhecer nenhuma das suas amantes, amigas sei lá como ele se refere a elas, mas parece que ele não contou isso pra essa Bianca.
Confesso que isso me irritou muito e que só queria ir embora pra casa o mais rápido possível.

P R O M E T I D O S - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora