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ANA FLÁVIA's
point of view | 📹📚| 22 anos
4 anos antes...

ANA FLÁVIA'spoint of view | 📹📚| 22 anos4 anos antes

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—Acorda, desgraça, vai trabalhar!

Cocei meus olhos e abri eles devagar, tentando me acostumar com a claridade do meu quarto.

Lembrete: trocar as cortinas.

—Vamos, acabaram suas férias!— Giana me bate com um travesseiro.

Como sempre, Althaus demonstrando sua (in)delicadeza.

—Sai daqui, Giana! Me deixa em paz!— falo me revirando na cama.

Teria muito problema se eu faltasse o primeiro dia de trabalho do ano?

Com certeza, teria.

—Você não tinha uma reunião com a Mariane às 8:30? Já são 8:12.

Puta merda, tinha me esquecido disso. Mariane é minha chefe da revista Caras. Eu escrevo e faço pequenas entrevistas com famosos, a maioria cantores.

—Você é uma puta estraga prazeres, né? Caralho, eu te odeio tanto.— me sento na cama e calço minhas crocs coloridas.

Eu e Giana dividimos apartamento desde a faculdade. Ela fez direito e eu jornalismo, sempre nos damos muito bem. A loira é minha melhor amiga.

—Eu sei, eu também te odeio. Fiz um café preto pra você, não me espere pro almoço.— eu assenti e ela me deixou um beijo na bochecha.
Beijinhos, se cuida.— ela disse e saiu do meu quarto. Pouco tempo depois, escutei a porta principal se fechar.

Nós duas temos dependência financeira o suficiente para vivermos sozinhas em outro apartamento de luxo em São Paulo, mas acontece que viver juntas é muito melhor.

Morar sozinha me parece ser muito deprimente e antisocial, solitário, por mais que eu preciso mesmo ficar de boca fechada. Acontece que às vezes eu sou muito extrovertida e isso não é uma qualidade em algumas situações.

Finalmente me levantei e tomei um banho correndo. Fiz um coque despojado, mas arrumado o suficiente para trabalhar. Coloquei uma calça cintura alta branca e peguei a primeira camiseta rosa que vi pela frente. Enfiei por dentro da calça, pus um cinto fininho branco e calcei meu all star rosa.

Para trabalhar, eu uso uma bolsa grande para caber tudo: notebook, livros, coisas de higiene pessoal, ipad, algumas barrinhas de proteína e minha garrafa térmica. Eu sempre arrumo ela um dia antes, então não tinha que me preocupar com nada em relação a isso.

Peguei as chaves do carro, tranquei o apartamento e eu posso jurar que fiquei cinco minutos dentro daquele elevador. Nunca vi um negócio pra se mover tão devagar.

Quando cheguei no carro, percebi que não tomei café da manhã. Mas esse é o menor dos meus problemas, já são 8:28, nunca que eu chegaria a tempo.

Meu celular começou a tocar. Procurei ele no banco do passageiro e senti meu corpo tremer quando vi que Mariane estava me ligando.

𝑬 𝑨𝑰? | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora