❝Eu não sou desses que implora pra voltar
Eu não sou desses que demora a superar
'Cê vai fazer amor de lá e eu de cá
E numa dessa o coração pode voar
E aí? Quer terminar mesmo assim?❞
-E AÍ? | Luan Santana
Ana Flávia Castela se formou em jornalismo...
A Gente Nem Ficou - Jorge e Mateus e aí, quando vem me ver? tô aqui esperando você e nem dormi, a noite já passou não consigo mais me dominar, você me enfeitiçou e a gente nem ficou.
GUSTAVO's point of view | 🎸🎙️ 4 anos antes...
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—O que aconteceu?— perguntei assim que ela se sentou ao meu lado.
—Disse que se eu não quisesse conversar, poderia apenas me fazer companhia.
Ela tem um ponto.
—Eu ouvi a conversa.— continuei.—Antonella é sua irmã?
—Sim.— suspirou.—Meu pai diz que ela chora quase todas as noites porque eu não estou lá. Minha família é de Londrina e eu saí de casa pra fazer faculdade aqui em São Paulo.
Seus olhos já estavam marejados novamente. —Foi tudo tão rápido. Quando acabei a universidade surgiu a oportunidade de trabalhar na Caras. Claro que eu aceitei e então não voltei pro Paraná.
Ela me explicava tudo, olhando para baixo. Pude ver as primeiras lágrimas caírem do seu rosto.
—Eu... eu sinto muita falta deles. E ver minha pequena com o coração partido por minha causa é sufocante.
—Eu sei.— a abracei de lado. —Quando estamos na estrada, sentimos falta de tudo. Falta de como a vida era antes. Mas não é culpa sua, Ana. Aposto que a Antonella te ama e entende que você trabalha muito. Ela deve sentir orgulho de você.
—Minha mãe disse que Antonella queria ser igual a mim quando crescer.— diz sorrindo em meio as lágrimas.
—Então, princesa! Sua família inteira tem orgulho de você e te ama muito. A saudade é só uma prova disso.
Levei minhas mãos a sua bochecha e ergui sua cabeça, fazendo a olhar para mim.
—Vai ficar tudo bem, pode falar comigo sempre que precisar.
Limpei algumas lágrimas com o dedão, minha mão continuava na sua bochecha.
—Obrigada.— sorriu sem mostrar os dentes.
Meus olhos não pararam de encarar seus lábios e de forma quase involuntária, me aproximei dela e a puxei para mim. Ela também olhava minha boca e então percebi que a morena queria isso na mesma intensidade que eu.
Pronto para colar nossas bocas, rocei meus lábios nos dela. Senti sua respiração ofegante e sua mão, que agora estava na minha nuca, apertava as unhas contra minha pele, de uma maneira que não machucava.
