➩ Capitão Nascimento e um velho amigo de infância se reencontram, um convite para um jantar é lhe oferecido e por algum milagre é aceito. Bem longe dali Isabella completa a maior idade e então resolve voltar para o seu país e morar com seu pai, ao c...
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Isabella Nogueira's POV
Eu beijei ele. EU beijei ele.
Talvez tenha sido algo impulsionado pelo álcool no meu corpo mas eu fiz. E eu gostei. E como eu gostei. Eu gostei muito.
Ele parece ter gostado também, senti como que sua boca me quisesse tanto quanto eu o queria. Nosso beijo foi maravilhoso e não podia ser em um lugar melhor, sentir algo que eu jamais senti e em um dos meus lugares favoritos é definitivamente a coisa mais especial que já me aconteceu.
Ficamos nos beijando por um bom tempo, a melhor noite que eu já tive nessa cidade, com toda certeza. Suas mãos passeando sobre o meu corpo, sua boca na minha, nossas línguas em sincronia... simplesmente mágico.
Agora já estamos no carro, ele estaciona em frente a minha casa, o vejo tirar o cinto de segurança e se virar para mim. Está escuro mas consigo captar da sua expressão facial, preocupação.
— O que aconteceu hoje... — ele tenta falar mas eu o interrompo. Eu sei o que ele vai falar.
— Devemos esquecer porque é errado e traria complicações pra você e pra mim. — completo com um sorriso forçado no rosto.
A expressão de preocupação dele muda para uma expressão de tristeza, como se o que eu tivesse acabado de dizer fosse o que ele quisesse falar, mas não esperava que eu fosse fazer o mesmo.
— Eu sou bem mais velho que você, sabe como as pessoas reagiriam. Você tem quase a idade do meu filho. — ele diz e isso me quebra.
— Mas as pessoas não precisariam saber... — eu sei que não deveria fazer isso, mas a conexão que eu senti entre nossos corpos hoje foi surreal. Eu jamais vou ter isso com alguém da minha idade, disso eu tenho certeza.
— O que você 'tá querendo dizer com isso? — ele pergunta sabendo a resposta, mas querendo ouvir de mim.
Ele sabe que é errado tanto quanto eu, mas ele também quer o mesmo que eu. E ele sabe que eu sei disso.
— Pode ser o nosso pequeno segredo. Não irei contar à ninguém. Tenho dezoito anos, sou bem crescida para guardar. — eu falo e ele deixa um meio sorriso escapar, como se não estivesse acreditando no que eu havia dito.
— Ainda não entendi aonde você quer chegar, Isabella. — ele diz e agora parece realmente confuso.
— Não precisamos esquecer o que aconteceu hoje. Vamos Capitão, você chefia a equipe Alfa do BOPE, é esperto o suficiente para entender. — eu suspiro relaxando no banco do passageiro.
