Um Dia, Um Adeus

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Isabella Nogueira's POV

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Isabella Nogueira's POV

O restaurante que Roberto me trouxe é simplesmente maravilhoso. O ambiente é confortável e aconchegante, a luz amarela traz um ar de casa e a comida simplesmente perfeita. O jantar com certeza está indo muito bem até agora, mas mesmo assim consigo sentir ele tenso, um pouco nervoso e até mesmo inseguro...

— Se você continuar assim eu vou começar a pensar que você vai me pedir em casamento. — brinco com ele para aliviar sua tensão e finalmente consigo tirar um sorriso dele.

Roberto ainda não me responde, ele desvia o olhar para o restaurante ao redor e evita qualquer contato visual. Ele 'tá nervoso de mais e isso me diverte, eu nunca vi um homem do tamanho dele ficar tão tenso como ele fica quando 'tá comigo.

— 'Tá gostando da comida? — ele respira fundo antes de falar e agora toma um gole de água.

— Com certeza, 'tá tudo perfeito. — eu digo e ele apenas ignora. Roberto parece estar em outro lugar agora, fisicamente aqui mas mentalmente no mundo da lua.

Seu comportamento começa a me preocupar, a forma como ele ainda não me encarou por mais de três segundos durante o jantar e sempre que me olha, desvia para outro lugar, 'tá começando a me agoniar. E eu não acho que esse comportamento seja o normal dele, nos nossos outros encontros ele definitivamente estava menos tenso.

— Beto, 'tá acontecendo alguma coisa? Você parece tenso de mais. — finalmente pergunto.

— Preciso falar com você. — suas palavras saem rápidas e quase travadas.

Ele claramente não 'tá bem. Perguntar de novo não vai adiantar, e eu tenho quase certeza de que não vai ser aqui no meio de várias pessoas, que ele vai me falar sobre o que quer conversar.

Me levanto e estendo a mão para ele. De primeira ele me olha confuso, mas parece estar no automático e se levanta pegando na minha mão. Meu ato era de guiar ele até a saída para conversarmos melhor, mas agora ele é quem toma o controle.

Ao invés de irmos para a saída, Roberto e eu atravessamos o salão e vamos até a área dos banheiros do restaurante. Ele entra no banheiro masculino e me puxa junto, depois de se certificar de que não tinha ninguém ali, ele tranca a porta.

O vejo respirar fundo mais uma vez e passar a mão no cabelo. A tensão que ele exala se pode cortar com uma tesoura.

— O que eu vou te falar agora eu nunca que ia conseguir dizer lá fora. — ele 'tá de costas pra mim e não parece que pretende se virar.

— Estamos sozinhos agora, pode falar. — minha voz sai baixa.

Eu vim para esse jantar hoje achando que ele finalmente iria falar sobre o que nós temos. O que somos.

Tivemos poucos encontros, porém, nossa conexão vai além de palavras ou toques, eu pelo menos sinto isso e achei que ele poderia sentir o mesmo. Mas analisando o seu comportamento até agora, ele não parece nada com alguém que está prestes a confessar seus sentimentos ou algo do tipo.

𝗦𝗼𝗺𝗲𝗼𝗻𝗲 𝗢𝗹𝗱𝗲𝗿 ༄ 𝘾𝙖𝙥𝙞𝙩𝙖𝙤 𝙉𝙖𝙨𝙘𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora