𝟎𝟔𝟖 🍓

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𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟𝗠𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗘𝗥𝗔 𝗡𝗔𝗧𝗔𝗟 e acordei da forma mais caótica de sempre, com a minha irmã a atirar-me uma almofada e atirar-se para cima de mim. Possivelmente vingança de ontem.

—Agora sim feliz natal maninha! —diz a minha irmã.

— Ia tendo um ataque cardíaco. —digo levando a mão ao peito. — feliz natal.

— Não achas estranho o pai estar nesta época do ano em casa? —diz a minha irmã.

- A sério que achas estranho isso? Eu acho estranho eles estarem divorciados e estarem estranhos um com o outro. —digo.

— Será que se resolveram e voltaram a gostar um do outro? —diz a minha irmã.

— Não sei mesmo. Mas prefiro não imaginar. —digo suspirando e vejo a minha a ir até à minha mesa de cabeceira e pegar no postal que o Jota me deu.

— É do Jota? —diz ela após ler. — Que romântico! Cá para mim já esqueceu a Sofia e gosta de ti.

— Não Leonor. Ele adora a ideia de mim, gosta de passar tempo comigo, gosta que eu me preocupe com ele, mas ele não gosta de mim. Apenas tem carinho. —digo enquanto me levantava e pousa o cartão de novo na mesa. — E eu não vou voltar a cometer o mesmo erro, deixar que ele me magoe sentimentalmente, porque no fim ele vai sempre escolher a Sofia e não eu.

— Não é o que aquele cartão diz Isa. —diz a minha irmã.

— É uma frase idiota do livro, não quer dizer que seja verdade e que tenha se sentimentos verdadeiros. —digo.

— Então porque é que guardaste o cartão? —diz ela.

— Porque é uma prenda e eu não deito as prendas fora. —digo a verdade porque nunca o fiz.

— Isa tem de ter um sinal para ele ter-te dado isso. —diz ela.

— Ele gostou da frase. Ele mesmo disse. —encolho os ombros. — Podemos apenas deixar de falar disto?

 — Podemos apenas deixar de falar disto?

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𝗗𝗘𝗟𝗜𝗖𝗔𝗧𝗘 - Jota (MCA Edition)Onde histórias criam vida. Descubra agora