Melody
—Melody!— Acordo com o som da voz da minha mãe, sentando- me. Ainda estou em minhas roupas de ontem. Devo ter adormecido. — Melody!— Minha mãe grita meu nome novamente antes que a porta do meu quarto se abra e ela acenda as luzes, me cegando.
Preparo-me para o que vai me contar sobre o meu pai. Tenho certeza de que, pela maneira como está gritando meu nome, fez algo para perturbá-la novamente.
—Que horas são?— Esfrego os olhos.
Meu alarme no meu telefone ainda nem disparou. Estendo a mão para checar, mas me distraio.
—Preciso que pense em quando seu avô morreu.— Anda de um lado para o outro na frente da minha cama.
—Sim, é nisso que adoro pensar quando acordo.— Senta-se na minha cama. Está pronta. —Que horas são?—, Pergunto novamente.
—São seis da manhã.— Gemo, caindo de volta na cama.
Meu alarme dispara, literalmente fazendo suas palavras soarem verdadeiras. Pega meu telefone, desligando-o para mim.
—Quem é Brad?— E levanto de novo, pegando o telefone da mão dela.
Por que diabos está me ligando a essa hora?
—Por que estamos falando sobre o vovô?—
Mudo de novo o motivo pelo qual entrou no meu quarto ao raiar do dia.Morreu há três anos. Apenas alguns meses depois da minha avó. Tenho certeza que morreu de um coração partido. Não tenho idéia de como meu pai estava relacionado com os dois. Eles eram o epítome do amor. O total oposto de quem é meu pai. Tinha admirado meus avós. Meu pai era claramente a ovelha negra do grupo. Tem um punhado de irmãos e irmãs, mas não está perto de nenhum deles.
Sorrio, pensando em como meu avô não conseguia segurar as mãos dele. Minha avó não podia ficar de fora da sala por dois minutos e ele a procurava. Acho que não fazem mais homens como ele. Passei a maior parte dos meus verões quando criança com eles em sua propriedade em Connecticut. Todos os netos passaram. Foi a vovó que me fez apaixonar pela arte.
—Quando faleceu, teve que assinar alguma coisa?— O tom da voz da minha mãe é sério, o que me assusta um pouco.
—Não—, balanço minha cabeça, levantando da minha cama.
—Tem certeza?
—Sim, por que assinaria alguma coisa?—
Tinha quinze anos quando morreu. Caímos do mapa com o resto da família. Deveria ter sido melhor em manter contato com todos. Sempre digo que vou melhorar, mas nunca pareço encontrar tempo.
Seria uma mentirosa se não admitisse que, por
causa do meu pai, muitas vezes me senti parte de toda aquela coisa de ovelha negra. Mesmo se todo mundo sempre nos tratasse bem. Suas ações têm consequências e, infelizmente, às vezes tivemos que pagar o preço por elas.—Que tal recentemente? Desde que completou dezoito anos. Seu pai pediu para assinar alguma coisa?
—Não.— Bocejo, indo em direção ao meu banheiro para começar a me arrumar.
—Tem certeza?— Mamãe me segue até o banheiro.
—Sim. Tenho certeza.— Fechei a porta, usando o banheiro antes de voltar.
—Estou tentando falar com você.
—Mãe, preciso fazer xixi.— Está excitada esta manhã. —Está em alguma coisa?— A olho.
São seis da manhã. e normalmente está dormindo. Quando voltou?
—Silêncio. Só acho que encontrei alguma coisa.— Revira os olhos para mim.
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Dois de um tipo ( 3 livro da série FU High )
Teen FictionQuando o dinheiro é escasso e sua família depende de você, as regras não se aplicam. Para Brad, hackear não é um modo de vida, mas coloca comida em sua mesa e envia sua brilhante irmã para uma escola particular. À noite, lutas secretas financiam as...