Capítulo Dezessete

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Brad

—Não vou lutar contra esse cara—, digo à Loren, o promotor de lutas que está ocupado fazendo uma aposta.

—Então perde a taxa de inscrição.

Loren tem um ótimo show aqui. Recebe dinheiro
dos lutadores e das pessoas que apostam em nós. O assento de Loren é onde preciso estar sentado, ao invés do chamado anel, que é apenas uma área riscada no final de um armazém que guarda as máquinas de lavar acabadas que minha mãe monta.

—Não vai ser divertido. O cara não sabe lutar. Nivelei-o com um soco no outro dia.— Não tenho ideia do por que Mark apareceu. —Sim, joga futebol, mas isso não significa nada em uma luta. Além disso, a temporada terminou há dois meses, então está fora de forma.

—Sim, eu sei. Prometi que poderia bater em você cinco vezes antes de dar um soco nele.— Loren acena para que me afaste para que possa pegar o próximo apostador.

—Está falando sério? Não vou deixar que um idiota me dê um soco na cara cinco vezes apenas para que possa entreter a multidão.

—Estou falando sério.— Afasta-se para falar com um cliente que lhe entrega cinco notas de cem dólares, marca a aposta e depois volta. —Cara me pagou mil dólares para bater em você. Seria burrice em recusar isso. Vou, no entanto, dividir isso com você se entrar no ringue.

Como é isso?

Minhas escolhas são limitadas. Perco minha taxa
de inscrição de cem dólares ou me permito ser espancado por um anormal da escola cujos sentimentos estão feridos porque o nocauteei.

—Não é como se tivesse que deixá-lo bater na sua cara—,diz Loren.—Sinta-se à vontade para desviá-las se precisar ficar bonito feito macarrão instantâneo para sua garota lá.

Acena com a cabeça em direção a Melody, deixei-a no topo de uma pilha de caixas de carga esperando para serem enviadas. É alto o suficiente para que possa ver tudo, mas também estar fora do caminho.

Insistiu em acompanhar porque não acreditou em mim quando disse que não era perigoso. Imaginei que entraria, teria uma partida decente em que evitaria alguns golpes antes de derrubar meu oponente e depois a levaria para o carro e a foderia no banco de trás com toda a minha adrenalina reprimida.

Se aceitar o acordo de Loren, não acreditará nisso e voltaremos a fazer coisas legais. Por alguma razão, acha que deveria assumir a empresa da família dela.
Sou inteligente, mas não acho que seja tão inteligente.

Se fosse tão inteligente quanto pensa que sou, previa que algo sombrio aconteceria exatamente quando estivesse aqui para testemunhar.

—Que tal na próxima vez deixar seu pateta pago me tirar de merda, mas desta vez luto contra outra pessoa?

—Que tal enrolar as mãos e se preparar para alguns socos no estômago ou sair?

Mal me seguro de dar um soco em Loren e vou até a pilha de mercadorias para Mel.

—Parece bravo ou é esse o seu rosto no jogo?

—Estou bravo—, admito. Pego a faixa da minha bolsa e começo a envolver as mãos. —Olha, talvez deva ir embora.

—Porque?

—Vê alguém aqui que reconhece?

—Hum, não. Não reconheço... espere, é Mark? O que está fazendo aqui?

—Acho que quer me bater.

Olha de soslaio e depois olha para mim.

—Não o nocauteou na escola?

—Sim.

Cruza os braços e se recosta contra os paletes.

—Oh, então isso será um bolo para você.

—Deveria ser, mas o cara pagou cem por soco.

—O que isso significa?

Rasgo a faixa com os dentes e jogo o rolo na bolsa antes de responder.

—Isso significa que, a menos que permita que o velho Mark me bata cinco vezes de graça, perco a taxa que paguei para entrar hoje à noite.

—Isso é tão errado—, exclama.

Isso me faz sentir um pouco melhor.Bato na minha bochecha.

—Melhor dar um último beijo no meu rosto. Pode estar muito inchado depois.

—Está passando por isso?

—Sim. Passei pior por menos dinheiro. Se isso te incomoda, no entanto, não vou me machucar se esperar no carro.

Mel torce o nariz.

— Não acredito que acha que não vou assistir essa bagunça ridícula. Depois que acabar, vou para... como é o nome dele?

—Loren—, forneço prestativamente.

—Sim, estou indo até Loren e dar a ele um pedaço da minha mente.

Dou um tapinha na perna dela.

—Faz isso e certifique-se de colocar muito dinheiro em mim. Se tenho que deixar Mark me esmurrar, vou fazê-lo se arrepender.

Agarra meu ombro antes de ir para a luta.

—Vai pensar em lutar de uma maneira diferente depois desta noite? Prometo que existem pessoas terríveis e sujas como Mark no mundo do meu pai.

—Sou hacker, Mel. O que sei sobre uma empresa?

—Possuo apenas um sexto da empresa. Minha família ensinará o que precisa saber. Só quero meu pai fora de lá. Sei que poderia derrubá- lo.

Seus olhos imploram para mim. Suspiro silenciosamente. Quando olha assim, não poderia recusar nenhum pedido, mesmo que fosse matar a próxima pessoa que passasse.

—Sim. Depois de hoje à noite vou ajudá-la, mesmo que isso signifique vestir um terno e entrar em um prédio de escritórios.

Joga a cabeça para trás e ri.

—Parece que vai ser pior do que comer um balde de vermes.

—Oh, essa é minha escolha alternativa? Porque ouvi dizer que os vermes têm boa proteína.

—Nunca mais te beijaria.

—Seja terno e gravata.

Dois de um tipo ( 3 livro da série FU High )Onde histórias criam vida. Descubra agora