*𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐍𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐃𝐎*

002. 𝙴𝚕𝚕𝚎𝚗 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛

**AVISO DE GATILHO**

Este texto contém descrição de AGRESSÃO DOMÉSTICA E PALAVRÃO DE ALTO CALÃO. Se você tem algum GATILHO relacionado a esse tema, recomendo pular para a parte marcada com (🌔🌕🌖).

Quando o trecho com AGRESSÃO COMEÇAR, ele será marcado com (🥀) para facilitar a vocês leitores a identificação.

Agradeço por sua atenção e desejo uma
boa leitura a vocês leitores ❤️‍🩹

⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇ 🌔🌕🌖 ⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇

Não sei o que está acontecendo comigo ou até mesmo com o meu corpo, mas já faz alguns dias que sinto um calor insuportável, como se estivesse perto de uma fogueira em brasas. Sinto algumas dores por todo o meu corpo, como se ele necessitasse de algo. Isso é tão doloroso e insuportável, é como se faltasse algo, como se ele implorasse por algo ou talvez por alguém. Não sei... Essas sensações são tão insuportáveis. Sentir algo tão ruim assim e não saber o que fazer ou por que estou sentindo essa dor. Lembro-me de já ter sentido essa dor antes, só que está um pouco diferente, e não consigo ignorar, pois é como se fossem garras arranhando minha pele. Dói e arde muito. Sinto meu corpo pegajoso quando toco, como se estivesse escorrendo sangue por todo ele, mas toda vez que olho, não há uma gota de sangue e paro de sentir essa sensação pegajosa. (Como isso é possível?)

Eu sinto vibrações quando chego perto de algum alfa, beta ou até mesmo ômega. É como se meu corpo e mente estivessem me avisando de algo. Por que isso acontece toda vez que chego perto deles? Toda vez que isso acontece, acabo escutando algo como rugidos e vozes saindo do meu subconsciente, me avisando para ficar longe deles. Vozes dizendo "fique longe", "se afaste desses alfas imundos" ou até mesmo "não brinque com fogo, docinho", entre outras. Isso me assusta muito. Fico me perguntando por que estou escutando vozes ou até mesmo sentindo essas sensações estranhas.

Estou a ponto de ficar louca...

E, neste exato momento, estou tentando entender quem é o senhor à minha frente, que está fazendo muitas perguntas, e eu não consigo respondê-lo porque, se abrir minha boca, vou acabar dizendo o que estou tentando segurar desde o momento em que despertei e senti o cheiro forte de ácido que está emanando dele.

Tento decifrar suas vestes e vejo que ele está todo de branco; só seus sapatos são pretos. Ele usa um jaleco branco, então é um médico...

Dou um grito de susto quando a porta é aberta com brutalidade, fazendo-me dar um pulinho na cama. Saio dos meus devaneios, olho para a direção da porta e vejo meu pai. Ele está com uma expressão nada boa, as veias do pescoço bem visíveis, e cada vez mais vermelho. Não sei o que está acontecendo, mas uma coisa é clara: ele está furioso com algo. Percebo que toda essa raiva é direcionada a mim. Ele não está com uma expressão nada boa, o que me faz encolher entre os lençóis da cama, assustada.

**🥀**

- saia! - olho para o médico com uma expressão de pavor, torcendo para que ele fique e não me deixe com esse monstro.

O médico saiu do quarto às pressas, como se temesse ser punido se ficasse mais algum minuto.

- Você e sua mãe são duas vadias mentirosas! - ele joga insultos a mim e à minha mãe e logo em seguida dá uma risada de puro ódio.

Mas eu não entendo o porquê dos seus insultos.

- Fique tranquila, que eu dei um jeito na sua mãe e logo darei em você também. - ele fala com um sorriso macabro estampado no rosto.