⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇ 🌔🌕🌖 ⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇
Fico parada, aguardando uma resposta, seja de Sebastian ou de Marcellus. O silêncio que se prolonga torna-se cada vez mais inquietante. Os alfas se encaram, como se estivessem conversando apenas com o olhar. Vejo Sebastian balançar a cabeça freneticamente de um lado para o outro, como se negasse algo que não ousa dizer.
- Tem que ser assim. Ela precisa saber, Sebastian - diz Marcellus, rompendo finalmente o silêncio sufocante.
- Mas... mas ela pode achar estranho. Pode pensar que somos loucos, se assustar e... ir embora... - Sebastian conclui, sua voz impregnada de tristeza e um medo palpável. E eu entendo. Talvez ele tenha razão, afinal eu fui a culpada por fugir deles, e as consequências foram inevitáveis. No entanto, agora preciso mostrar a eles que não vou partir de novo.
- Alfas... eu não vou embora. Sei que o que fiz foi um erro, mas é dos erros que se aprende. Quero que confiem em mim, do mesmo jeito que estou tentando confiar em vocês. Eu posso sentir o medo de vocês, o receio de que eu fuja de novo, mas, por favor, acreditem em mim - digo, com a voz firme, encarando-os. Ambos me olham, os rostos marcados por uma preocupação que quase dói de ver.
- É que... ela viu... - Sebastian começa a falar, mas é rapidamente interrompido por Marcellus.
- É melhor mostrar do que explicar, Sebastian - afirma Marcellus, já se levantando e caminhando até a porta do quarto.
Ele se detém à porta, seus olhos fixos em mim, como se aguardasse que eu me movesse em sua direção. Mas minhas pernas não respondem; fico ali, imóvel, enquanto minha mente tenta desesperadamente juntar as peças, buscando sentido no que Sarah disse ao me chamar de mãe. Paranoias se formam e se dissipam sem parar.
- Venha, amor - murmura Sebastian, percebendo meu bloqueio. Ele segura minha mão com firmeza e me guia em direção à porta.
🌔🌕🌖
Subimos para o primeiro andar em completo silêncio, ouvindo apenas o som de nossos passos ecoando pelo piso frio e sombrio. A cada maldito passo que eu dava, os deles seguiam o mesmo ritmo, como uma sombra que se recusa a se afastar. Meu coração já batia descompassado, acelerado, e isso fazia nossa respiração se tornar ofegante, como se tivéssemos acabado de correr uma maratona sem fim.
Minha mão ainda segura a de Sebastian, mas sinto os dedos começarem a escorregar, umedecidos pelo suor nervoso. Ele continua acariciando minha mão a cada passo, mas parece mais uma tentativa de confortar a si mesmo do que a mim.
Quando finalmente alcançamos o topo da escada, Marcellus para em frente a uma porta branca com uma maçaneta dourada. Ao olhar ao redor, percebo que o corredor está decorado com quadros de lobos e pessoas ao lado deles, como guardiões vigilantes. Plantas se espalham por diversos cantos, e há várias outras portas, todas em um tom uniforme de marrom, contrastando com a única porta branca diante de nós.
A diferença não passa despercebida, e a curiosidade cresce em mim.
- Alfas, por que essa porta é a única branca? - pergunto, e mal termino a frase, sinto Sebastian apertar levemente minha mão, sua respiração tornando-se mais pesada, quase trêmula.
- Porque é a única que realmente importa. Ela guarda o que fizemos para nos manter controlados e não te procurar antes do momento certo... - responde Marcellus, com a voz rouca e carregada de uma suavidade que parece esconder algo mais sombrio.
- Abram logo essa porta, já estou ficando ansiosa - digo, minha voz oscilando entre a impaciência e a apreensão. Quando termino, Sebastian solta minha mão e alcança o bolso. De lá, ele retira uma chave dourada que brilha suavemente sob a luz tênue do corredor.
Sebastian se aproxima da fechadura, e enquanto ele gira a chave, prendo a respiração, sentindo meu coração se acelerar a cada movimento. O som metálico da fechadura se destravando parece ecoar dentro de mim.
- Pode entrar primeiro, pequena - diz Marcellus, afastando-se para me dar passagem, enquanto Sebastian faz o mesmo, abrindo espaço para que eu entre.
Dou um passo hesitante para dentro do quarto, tomada por uma mistura de medo e curiosidade sobre o que vou encontrar ali. Os dois me seguem, e Marcellus passa por mim, indo em direção ao ponto de onde a luz penetra fracamente por algumas brechas - que eu presumo serem de uma janela coberta. O silêncio pesado é quebrado pelo som da porta se fechando atrás de mim, e eu me viro rapidamente para ver Sebastian trancando-a.
- Calma, pequena, não vamos te machucar - Marcellus diz, em uma tentativa de me acalmar que só intensifica meu nervosismo.
Logo, a luz é acesa e as cortinas são abertas. A claridade invade o quarto, me forçando a fechar os olhos momentaneamente antes de acostumar minha visão à luz repentina.
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Olá, capivarinhas! Como estão?
Como anda a vida de vocês?Este capítulo será curto, mas é para deixar vocês ainda mais curiosos! Kkk. Beijos, até o próximo, capivarinhas!
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*𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐍𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐃𝐎*
FantasyTemperamentais, envolvidos em brigas, drogas e armas, eram algumas das poucas características que podiam definir os irmãos alfas Hernandes. Bondosa, doce, alegre, vaidosa, ama ler e gosta de passar seus momentos livres vendo paisagens; esse era um p...