⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇ 🌔🌕🌖 ⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇Quando abro os olhos, percebo o quarto envolto em uma penumbra, onde apenas uma fraca luz brilha lá fora, penetrando pela janela.
Levanto-me devagar, sentindo os resquícios do sono ainda em mim, e caminho até a janela. Do lado de fora, o céu anuncia chuva. Fecho-a suavemente, e me movo no escuro em direção à porta, tentando não tropeçar. Quando a abro, sou surpreendida pela claridade no corredor; todas as luzes estão acesas. Dou um passo, então outro, e sinto uma pontada aguda em minha cabeça. Levo a mão à parede, buscando apoio.
Uma nova dor se espalha, mais forte que a anterior.
"NÃO ME DEIXEM... ALFAS!" A lembrança invade minha mente - eu sendo levada para dentro de um carro, meu grito ecoando, implorando para que eles não me abandonassem.
Memórias começam a se sobrepor, uma atrás da outra, como ondas se chocando. Caio de joelhos no chão, sentindo outra pontada feroz. A imagem de Marcellus surge, sua voz suave sussurrando: "Vamos voltar para te buscar, pequena. Não chore."
Eu grito, a dor é insuportável, e ouço passos apressados dos meus alfas correndo pela casa, subindo as escadas em minha direção.
"Alfas..." murmuro, vendo Sebastian se transformar em lobo e correr na minha direção. Logo, Marcellus também se transforma, posicionando-se entre o carro e Sebastian, impedindo-o de me alcançar.
"Minha ômega..." o lobo de Sebastian rosna, movendo-se de um lado para o outro, desesperado. Vejo o carro se afastar, a visão deles se distanciando enquanto as lágrimas brotam dos meus olhos.
"Dói tanto..." soluço, enquanto sinto a presença deles se aproximando.
- Pequena, o que aconteceu? _ Marcellus pergunta, o olhar transbordando preocupação.
- ALFAS... NÃO SE PREOCUPEM. _ minha loba murmura por mim, com um tom que mistura dor e resignação.
- Marcellus... é a loba dela. Estão conectadas _ Sebastian observa.
Grito mais uma vez, a dor crescente, e uma memória aflorando. "IRMÃO, CUIDADO! UM CARRO ESTÁ VINDO!" Tento avisar, mas é tarde demais. O impacto é brutal, ao lado que estou fazendo o carro girar descontrolado, lançando-nos para fora da estrada.
Mais dor.
"IRMÃ!" A voz de meu irmão parece distante, como se atravessasse um véu. Minha cabeça lateja enquanto luto para manter a consciência, chamando por ele, mas minha voz se recusa a sair. As lágrimas escorrem pelo meu rosto, e o medo aperta meu peito ao pensar que talvez nunca mais vá me despedir da minha filhote.
"Ômega!" A voz de Sebastian chega até mim, como um eco, cortando a escuridão.
"Desculpem, meus alfas... Não vou conseguir vê-los pela última vez." A despedida escapa silenciosa, e então meus olhos se fecham.
- Alfas... _ sussurro, com a visão enevoada pelas lágrimas que rolam incessantes.
- Estamos aqui, Ômega. _ As vozes dos dois se fundem em uníssono, preenchendo meu coração de uma paz que não sei explicar.
- Quero... Minha filhote..._ murmuro, quase sem forças.
- Vamos buscar Nossa filhote. _ Marcellus promete, com sua voz firme.
Depois de recuperar minhas memórias, Sebastian me segurou nos braços e me levou de volta ao quarto onde despertei, mantendo-se ao meu lado o tempo todo. Ele liberava seus feromônios calmantes, que preenchiam o ambiente com uma sensação de segurança que só ele podia me proporcionar.
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*𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐍𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐃𝐎*
FantasyTemperamentais, envolvidos em brigas, drogas e armas, eram algumas das poucas características que podiam definir os irmãos alfas Hernandes. Bondosa, doce, alegre, vaidosa, ama ler e gosta de passar seus momentos livres vendo paisagens; esse era um p...