*𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐍𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐃𝐎*

012. 𝙴𝚕𝚕𝚎𝚗 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛

⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇ 🌔🌕🌖 ⋇⊶⊰❣⊱⊷⋇

O olhar do alfa parado na porta atravessa o ar como uma corrente elétrica, firme e intenso, cravado em mim de um jeito que faz meu corpo inteiro reagir. Meu coração acelera, e as bochechas começam a esquentar, denunciando a confusão de sentimentos que ele desperta.

Sinto uma onda de calor subir pelo pescoço e, quase instintivamente, abaixo o olhar, tentando esconder o rubor que toma conta do meu rosto. Mas é impossível ignorar a presença dele, ainda mais com o outro alfa bem atrás, me fazendo sentir pequena, vulnerável... e, ao mesmo tempo, inexplicavelmente desejada.

A sensação de estar sozinha com eles, de ter toda essa atenção concentrada em mim, cria um formigamento na pele, um arrepio que não consigo controlar. Mesmo sem me atrever a olhar diretamente em seus olhos de novo, sinto seu olhar como um toque invisível, um chamado que faz algo pulsar dentro de mim.

Sinto um toque inesperado deslizar pelo meu braço, leve e possessivo, despertando arrepios que se espalham pelo meu corpo. Antes que eu possa processar, beijos quentes e suaves começam a marcar meu pescoço, descendo lentamente até o ombro, onde sinto lábios se demorarem, explorando cada detalhe da minha pele. Um suspiro escapa dos meus lábios, incapaz de conter a resposta involuntária que ele provoca em mim.

Meu corpo reage a cada toque, a cada beijo, enquanto uma mão firme desliza pelas minhas costas, traçando um caminho até minha cintura, onde ele me puxa para mais perto. A proximidade me deixa sem fôlego, e só então percebo que o alfa à minha frente também se aproximou, seus olhos cravados nos meus, intensos e desafiadores.

Meu coração bate mais forte e, sem que eu perceba, uma mão segura meu queixo, inclinando minha cabeça para cima, guiando meu rosto na direção dele. Em um movimento lento, mas inevitável, ele se inclina, seus lábios tocando os meus em um beijo que me faz perder o ar, profundo e cheio de uma intensidade avassaladora. Sinto a perfeição daquele toque, como se cada fibra do meu ser respondesse a ele, e o mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas o desejo e o arrepio que percorre minha pele.

Os dois alfas, cada um ao seu modo, tomam meu corpo e meus sentidos, e eu me rendo completamente à força que eles exercem sobre mim, entregue à intensidade desse momento.

- Seu cheiro é... irresistível... doce e selvagem ao mesmo tempo... - Marcellus murmura, pausando cada palavra enquanto desliza a voz rouca e feral pelo meu ouvido. Sua respiração quente acompanha cada sílaba, arrepiando minha pele. Sinto seu toque firme e possessivo como se ele estivesse marcando cada centímetro meu.

Minha respiração entrecorta, o calor invade meu rosto, e meus pensamentos parecem evaporar enquanto o toque dele me devora lentamente.

- Você é tão perfeita, nasha zhenshchina... - diz Sebastian, afastando os lábios da minha boca. Sua voz é firme, carregada de algo que soa ao mesmo tempo reverente e possessivo, como se estivesse selando algo importante.

Sinto o peso daquela frase desconhecida, a forma como ele pronuncia com tanta intensidade que meu coração dispara. Meu rosto queima, e minha voz sai entrecortada quando tento repetir.

- O... o que significa nash... nasha zhen... - gaguejo, a língua se enrolando ao tentar formar as palavras que não conheço. Minha voz falha, e eu ofego, incapaz de dizer mais, com o toque dele ainda percorrendo minha pele.

Sebastian ergue meu rosto, seus olhos fixos nos meus, e um sorriso leve e perigoso se forma em seus lábios.

- Significa "NOSSA MULHER"... - ele murmura, tão próximo que sua respiração mistura-se à minha, fazendo meu corpo inteiro pulsar sob seu olhar.